Bolsonaro maquiou 32% dos pedidos pela Lei de Acesso à informação para parecer mais transparente, diz ONG
Levantamento da Transparência Brasil aponta que o índice de transparência do governo Bolsonaro é de apenas 61,5%, e não de 83%, como divulgado oficialmente

247 - O governo Jair Bolsonaro (PL) promoveu uma espécie de maquiagem dos dados referentes à Lei de Acesso à Informação Pública (LAI) para parecer “mais transparente” junto à opinião pública nos últimos dois anos. “Oficialmente, o governo diz que atendeu a 83% dos pedidos feitos por cidadãos, ativistas, entes, jornalistas, entre outros. No entanto, a avaliação da Transparência Brasil da mesma amostra sugere que o índice é de 61,5%”, diz a coluna do jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles.
Conforme a reportagem, o levantamento da Transparência Brasil analisou 48.507 pedidos feitos a órgãos federais durante os últimos dois anos e “os pesquisadores descobriram que 20% dos pedidos a esses órgãos cujas respostas foram classificadas oficialmente como ‘acesso concedido’ não foram de fato atendidos, ou seja, não forneceram a informação solicitada”. Outros 12% foram parcialmente atendidos.
Um dos casos identificados pela Transparência Brasil chama a atenção por envolver supostas fraudes nas eleições de 2018, como citado em diversas ocasiões por Jair Bolsonaro (PL) ao longo de seu mandato. Os documentos mostram que “a Secretaria Geral da Presidência da República qualificou como ‘acesso concedido’ a centenas de pedidos aos quais respondeu não ter provas sobre as supostas fraudes”.
A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, usou as redes sociais para criticar a falta de transparência do governo Bolsonaro. "Além de impor sigilos de cem anos, Bolsonaro burlou a lei de acesso à informação. Transparência Brasil descobriu que 20% dos pedidos de informações públicas que deveriam ser divulgados na verdade não foram. Nesse governo tudo é fake, só o desmonte é real", escreveu ela no Twitter.
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