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Boulos: “construir o socialismo passa por combinar a ação institucional, a disputa dos espaços do Estado e da política”

Em entrevista à Jacobin, Boulos faz uma análise histórica e reflete a respeito da construção do socialismo

Guilherme Boulos (Foto: Editora 247)
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247 - Uma das principais lideranças do MTST e filiado ao PSOL, o deputdo federal Guilherme Boulos concedeu entrevista à Jacobin falou sobre sua visão da estratégia da luta socialista.

“Enxergo que a luta anticapitalista hoje passa necessariamente por uma uma estratégia combinada: uma estratégia institucional articulada à luta de massas. Se nós olharmos as experiências mais recentes, da luta da esquerda mundial, vamos encontrar experiências que descuidaram da luta de massas e se dedicaram exclusivamente à luta institucional e aí encontraram o seu limite. Vamos encontrar também, em menor medida, é claro, experiências que desacreditaram a institucionalidade como espaço de mudança, disputaram unicamente a luta de massas, a luta popular, e encontraram um limite de esvaziamento, de perda de capacidade de tradução política do acúmulo social que tiveram”, reflete.

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“Então, o caminho para uma transformação social mais profunda, estrutural, passa por combinar a ação institucional, a disputa dos espaços do Estado e da política, das políticas públicas do Estado, do orçamento público, com ações de organização popular e de mobilização na luta territorial para fomentar as formas de organização coletiva, as redes solidárias e de apoio mútuo que sejam capazes de sustentar e impulsionar avanços institucionais. E que também possam barrar retrocessos, quando esses avanços encontrarem reações autoritárias por parte das forças que sempre comandaram o Estado”, aponta. 

“Circulou muito na América Latina a ideia de que durante os governos progressistas os movimentos sociais não deveriam se manifestar, porque isso significaria “fazer o jogo da direita”. Como os governos já estavam pressionados demais pelo poder econômico e pela direita, o papel do movimento social seria unicamente defender o governo. Esse tipo de orientação estratégica, que na verdade esconde uma falta de visão estratégica, se revelou suicida. Pois é justamente o movimento social forte e atuante que tem condição de fazer o contraponto, de fazer a disputa para que esse tipo de governo possa ter mais avanços, possa ir mais longe no enfrentamento às desigualdades estruturais do capitalismo. Por isso, vejo na combinação dessas duas linhas de atuação o melhor caminho para os desafios que temos hoje” finaliza. 

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