Celso Amorim: oferecer Roraima como campo de batalha a Trump é um escândalo
Durante o lançamento do Plano de Reconstrução do Brasil, o ex-ministro Celso Amorim criticou o crime de responsabilidade cometido por Jair Bolsonaro e Ernesto Araújo, que cederam o território brasileiro para um ato de guerra contra a Venezuela
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247 - O ex-ministro das Relações Exteriores Celso Amorim criticou a iniciativa do governo Jair Bolsonaro de receber o chefe de Departamento do Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, na base aérea de Boa Vista (RR), na última sexta-feira (18). A visita contou com a presença do atual chanceler brasileiro, Ernesto Araújo.
"É dramático oferecer Roraima às ações do governo americano. É um escândalo", disse Amorim, nesta segunda-feira (21), em pronunciamento pela internet durante um evento em que o PT lançou um plano de reconstrução para o Brasil. "Somos subservientes a um governo reacionário (Trump)", afirmou, alertando para "efeitos desastrosos" da política internacional brasileira.
O secretário americano veio a Roraima discutir a imigração venezuelana. De olho no petróleo do país vizinho, os EUA não apoiam o regime de Nicolás Maduro e já contaram com apoio do governo Bolsonaro numa tentativa de invasão à Venezuela.
Ao criticar a submissão do Brasil aos EUA, Amorim disse que "nunca vimos algo parecido nem sequer no período da ditadura militar". "É também um escândalo oferecer isenção da importação de etanol", complementou.
O ex-ministro disse, ainda, que o Brasil precisa de uma política externa, "juntamente com africanos, vizinhos sul-americanos", focada no bem estar da população e na preservação do meio ambiente.
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