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Chefe da Abin convocou reunião de emergência durante ação da PF. Diretoria da agência tentou obstruir busca e apreensão

A diretoria da Abin teria resistido a fornecer material relacionado às investigações da PF. Novos mandados foram expedidos e falavam em prisão em caso de obstruções

(Foto: Leonor Calasans/IEA-USP)
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247 - A operação realizada pela Polícia Federal na última quinta-feira (25) na sede da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), em Brasília, desencadeou momentos de tensão entre a cúpula da agência e os policiais federais encarregados das buscas, segundo conta Natália Portinari, do UOL. O diretor-geral, Luiz Fernando Corrêa, convocou uma reunião com os diretores durante a operação. Segundo depoimentos colhidos pela PF, ele criticou as unidades que colaboraram com a investigação da Controladoria-Geral da União (CGU) e da PF sobre supostas irregularidades na agência. De acordo com os relatos, Corrêa demonstrou irritação e referiu-se ao grupo colaborador como uma "bandalha".

A investigação da Polícia Federal está focada nas atividades de espionagem de um grupo liderado por Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Abin no governo Bolsonaro (PL) e atual deputado federal. Este grupo ficou conhecido como "Abin Paralela", sendo acusado de realizar ações de inteligência não oficiais contra adversários de Bolsonaro.

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Na quinta-feira, a diretoria da Abin questionou os termos do mandado de busca e apreensão da PF, recusando-se a fornecer material relacionado ao trabalho dos policiais federais, alegando a falta de uma autorização específica para acessar a rede da Abin. Como resposta, a PF solicitou novos mandados judiciais, expandindo as buscas para quaisquer dados detidos pela agência. Os novos mandados de busca e apreensão incluíram uma cláusula que previa prisão em flagrante caso houvesse obstruções durante as buscas.

Durante a operação, uma busca no Comando de Aviação Operacional (Caop) da Polícia Federal, chefiado até essa semana pelo delegado Carlos Afonso Gonçalves Gomes Coelho, suspeito de integrar a "Abin Paralela", resultou na descoberta de documentos recentemente queimados. A perícia da PF busca determinar a natureza desses documentos.

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Agentes da PF também se depararam com indícios de patrimônio incompatível com a renda dos policiais federais nos locais de residência dos investigados, incluindo carros e imóveis de luxo. Uma das linhas de investigação sugere um possível desvio da verba secreta da Abin, à qual o grupo de Ramagem teria tido acesso.

Em resposta às alegações, a Abin divulgou uma nota afirmando que colabora com as investigações sobre "eventuais irregularidades cometidas no período de uso de ferramenta de geolocalização, de 2019 a 2021". A agência afirmou ser a maior interessada na apuração rigorosa dos fatos e comprometeu-se a continuar colaborando com as investigações em curso.

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