Cunha é alvo de operação sobre propina para baixar impostos em combustíveis da aviação
De acordo com o Judiciário do Distrito Federal, há indícios de que as empresas Gol e Latam teriam pago R$ 10 milhões a Eduardo Cunha (MDB-RJ) e R$ 4 milhões ao ex-vice-governador do DF Tadeu Filippelli para desmantelar um esquema de propina que tem como objetivo diminuir os impostos em combustíveis da aviação em Brasília
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247 - O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) cumpre, nesta quarta-feira (3), mandados de busca e apreensão para desmantelar um esquema de propina que tem como objetivo diminuir os impostos em combustíveis da aviação na capital federal. Entre os alvos estão o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (MDB-PR), preso no âmbito da Operação Lava Jato, e o ex-vice-governador do DF Tadeu Filippelli. Há indícios de que as empresas Gol e Latam teriam pago R$ 4 milhões a Filippelli e R$ 10 milhões ao emedebista. De acordo com a investigação, os crimes ocorreram entre 2012 e 2014.
O ex-presidente da Câmara dos Deputados, que cumpre prisão domiciliar por outros crimes, seria o intermediador entre as companhias aéreas e o governo do DF. O dinheiro foi recebido por uma empresa em nome de Claudia Cruz, mulher do ex-deputado, e, depois, repassado para o doleiro Lúcio Funaro, segundo apuração da Tv Globo.
Em nota, a defesa de Cunha afirmou que os fatos "não guardam qualquer relação com Eduardo Cunha, são antigos, não passam de 2014" e disse confiar "nas instâncias superiores do Poder Judiciário para corrigir tamanha ilegalidade".
Livro-bomba
O ex-presidente da Câmara foi um dos articuladores do golpe contra Dilma Rousseff em 2016. O emedebista afirmou que "Temer foi sim o militante mais atuante e importante". "Sem essa sua atuação não teria havido o impeachment".
No livro, Cunha também relatou que as discussões sobre o golpe aconteceram na casa do deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ), no Rio de Janeiro.
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