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Brasil

Freire Gomes diz que afirmou a Bolsonaro que militares não encontraram fraude nas urnas

Ex-comandante do Exército prestou depoimento de quase oito horas à Polícia Federal na sexta-feira

Jair Bolsonaro e General Marco Antônio Freire Gomes (Foto: Isac Nóbrega/PR)
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247 - Em depoimento à Polícia Federal na última sexta-feira (1), o ex-comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, revelou detalhes cruciais sobre suas interações com Jair Bolsonaro (PL) em relação à integridade das eleições, informa Malu Gaspar, do jornal O Globo. Durante quase oito horas de interrogatório, Freire Gomes afirmou ter informado a Bolsonaro, em mais de uma ocasião, que não foram encontradas quaisquer provas de fraude nas urnas eletrônicas. Fontes próximas à investigação revelaram que o general também expressou sua oposição a possíveis iniciativas golpistas, tanto em reuniões públicas como em discussões reservadas no Ministério da Defesa. Freire Gomes confirmou ter participado de uma reunião na qual Bolsonaro discutiu uma suposta minuta de golpe, corroborando com as declarações feitas em delação premiada pelo ex-ajudante de ordens e tenente-coronel Mauro Cid.

O ex-comandante, que prestou depoimento como testemunha, falou do período marcado por tensões entre as Forças Armadas e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) devido ao sistema eletrônico de votação. As Forças Armadas realizaram uma fiscalização no processo eleitoral, a pedido do Ministério da Defesa, mas não encontraram irregularidades durante o primeiro turno. No entanto, as conclusões desse trabalho não foram divulgadas publicamente na época, conforme relataram três generais, por decisão de Bolsonaro.

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Bolsonaro, ao ser informado das conclusões do trabalho, expressou descontentamento, afirmando que os militares deveriam se esforçar mais, pois as informações não correspondiam ao que ele próprio sabia sobre o assunto. O relatório só foi divulgado em novembro de 2022, após a vitória de Lula nas urnas, não confirmando as suspeitas de fraude levantadas por Bolsonaro.

Além das Forças Armadas, a Controladoria-Geral da União (CGU) também realizou uma fiscalização do processo eleitoral, sem chegar a conclusões que corroborassem as alegações de fraude. Em uma reunião, o então-ministro-chefe da CGU, Wagner Rosário, relatou a Bolsonaro que o relatório da CGU não apresentava evidências de fraude.

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