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Brasil

Garimpeiros atacam indígenas e tentam depredar veículos da polícia no Pará

A Polícia Federal informou que os garimpeiros tentaram invadir o posto policial de Jacareacanga, no interior do Pará, e destruir veículos e aeronaves que estão sendo usados ​​em uma operação contra eles

Área de garimpo ilegal na Terra Indígena Munduruku, no Pará (Foto: Vinícius Mendonça/Ibama)
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BRASÍLIA (Reuters) - Garimpeiros de ouro que prospectam ilegalmente em terras indígenas protegidas na Amazônia dispararam contra uma aldeia munduruku e queimaram a casa de uma de suas líderes nesta quarta-feira, disse a principal organização indígena do Brasil.

A Polícia Federal informou em comunicado que os garimpeiros tentaram invadir o posto policial de Jacareacanga, no interior do Pará, e destruir veículos e aeronaves que estão sendo usados ​​em uma operação contra eles.

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Plumas de fumaça negra podiam ser vistas do outro lado do rio Tapajós saindo da casa da líder das mulheres munduruku, Maria Leusa, que foi incendiada com gasolina e totalmente queimada, disse a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib).

A Apib afirmou suspeitar que o ataque à aldeia foi uma represália à operação policial para proteger as terras indígenas.

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Os garimpeiros dispararam tiros contra a aldeia em uma onda crescente de ataques às comunidades indígenas em áreas de prospecção de ouro na Amazônia pelos garimpeiros que se sentem encorajados pelo presidente Jair Bolsonaro e seu apoio à legalização da mineração e atividades comerciais em terras indígenas.

Não houve relatos de feridos no incidente.

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"Mais uma vez, vidas indígenas estão ameaçadas pelo garimpo e por garimpeiros na Amazônia. A rotina de terror se repete também na TI Yanomami, em Roraima, sob ataque intenso desde o início do mês", disse a Apib em nota, referindo-se à maior reserva indígena do Brasil.

A reserva ianomâmi na fronteira com a Venezuela foi invadida por mais de 20.000 garimpeiros em uma corrida pelo ouro que se acelerou desde que Bolsonaro assumiu o cargo em 2019.

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A Polícia Federal informou que mais de 130 servidores, entre agentes e fiscais (da PF, PRF, Ibama e Força Nacional), participavam de ações para conter a prática de crimes na região nesta quarta-feira, seguindo ordens do Supremo Tribunal Federal para proteger as comunidades indígenas e impedir a mineração ilegal.

"Os manifestantes tentaram invadir a base e depredar patrimônio da União, aeronaves e equipamentos policiais, provocando que medidas de contenção fossem tomadas com efetividade para a dispersão dos invasores sem que houvesse feridos", disse a PF em nota.

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