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Brasil

José Eduardo Cardozo relembra sua defesa no golpe de 2016: “um dos momentos mais difíceis da minha vida pessoal e profissional”

O ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo conta os bastidores do processo de impeachment sem crime que resultou no golpe de 2016 e na perda do tecido democrático brasileiro, seguido pelo governo não legítimo de Michel Temer e pela catástrofe Bolsonaro

Cardozo, na AGU, cuidará da defesa de Dilma
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247 - O ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo afirmou que a defesa que fez da ex-presidente Dilma Rousseff passou pela dimensão do registro histórico, uma vez que todo o processo que permeava o pedido de impeachment e a chamadas “pedaladas” fiscais estava viciado e tendia inexoravelmente ao desfecho trágico que acabou por tomar. 

Em entrevista a Gustavo Conde, juntamente com o advogado Marco Aurélio de Carvalho, do grupo Prerrogativas, Cardozo pontuou que exerceu o papel de defensor mas também na condição de testemunho de uma violência que se praticava contra a democracia. 

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“Ali eu tenha vivido um dos momentos mais difíceis da minha vida pessoal e profissional”, disse José Eduardo Cardozo ao se referir ao processo de impeachment de Dilma Rousseff. 

Para relatar sua experiência com relação ao processo de impeachment, Cardozo lembra de seu primeiro ano da faculdade de Direito, na PUC-SP, em 1977. Diz o ex-ministro que não se lembra do nome do professor nem do aluno (que promoveram um debate profícuo em uma das aulas), mas que o que ali foi dito marcou em definitivo sua vida e sua experiência na defesa da democracia no processo de impeachment. 

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O ex-ministro narra, de memória, a resposta do professor: “um advogado muitas vezes inicia um processo sabendo que vai perder, sabendo que o juiz já tem a sentença pronta, sabendo que tem a razão e que o resultado será injusto e arbitrário. Porém, nesses casos, diz ele, não se posicionar em nome daquele que é ofendido, significa cristalizar no processo e na história uma verdade que não é a verdadeira”. 

Cardozo prossegue: “nesses casos, um advogado deve fazer a sua defesa, falando suas razões bem alto e de uma tal forma e em tal intensidade que a sua voz seja ouvida fora da sala de audiência para as pessoas perceberem, lá fora, que nesta sala não se faz justiça, e para que para à história fique o registro do arbítrio”

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Assista a entrevista: 

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