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Brasil

Kakay: o Exército não vai aceitar a milícia governando o Brasil

Advogado criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, afirmou à TV 247 que a investigação que se dá em torno do caso Queiroz pode não chegar diretamente a Jair Bolsonaro, mas certamente, caso comprovada a relação íntima do clã com milícias, afastará as Forças Armadas do governo. “O generalato brasileiro jamais admitirá ser tutelado por um grupo de milícia”. Assista

Jair Bolsonaro, militares, Fabrício Queiroz e Kakay (Foto: Divulgação)
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247 - Um dos maiores advogados criminalistas do Brasil, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, falou à TV 247 sobre as consequências da prisão do ex-assessor de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, e os possíveis desdobramentos da investigação. Kakay afirmou que certamente a prisão de Queiroz não se deu apenas pelo envolvimento na rachadinha do gabinete de Flávio na Alerj, uma vez que esse não seria um crime suficiente para a prisão, e sim por seu envolvimento também com as milícias do Rio de Janeiro. 

O advogado ressaltou, durante o programa Boa Noite 247, que caso a investigação escancare a relação entre a família Bolsonaro, Queiroz e as milícias, as Forças Armadas abandonarão governo. “Tenho a firme convicção de que o Exército brasileiro, que cumpre um papel institucional, claro que não aquele papel que querem dar a ele com aquela leitura vulgar do artigo 142 da Constituição, mas é interessante ver que o Exército, que tem o dever de manter a estabilidade, inclusive da Presidência da República, não vai aceitar a milícia coordenando o Brasil. Esse é o ponto de reflexão mais importante que eu acho que nós temos que fazer. Se esse inquérito desvendar de forma muito clara o poder da milícia, nós vamos ter que ter outro tipo de reflexão na sociedade. O generalato brasileiro jamais admitirá ser tutelado por um grupo de milícia. Penso que quando começar a destampar essa panela vai aparecer muita coisa”.

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Kakay disse ainda que não acontecem no Brasil prisões de tamanha magnitude, como foi a de Queiroz, apenas por envolvimento em rachadinha. Para ele, há coisas mais fortes envolvidas no processo, como organização criminosa. “O que tem de menos grave nesse processo é a questão da rachadinha. Rachadinha está institucionalizada aí no baixo clero da maioria das Assembleias brasileiras e você não vê uma prisão porque alguém está respondendo a um processo de rachadinha. Eu já advogo há 40 anos e não conheço um caso de prisão por alguém estar cuidando apenas da rachadinha. O mandado de prisão fala em obstrução de Justiça, significa que existe uma investigação de organização criminosa. O crime de obstrução de Justiça é muito grave. Então nós temos que pensar que talvez tenha chegado aí um caso muito mais grave, que é a milícia. Essa é a grande discussão. Talvez aquela pergunta  que a gente fazia, ‘onde está o Queiroz?’, consiga responder a outra pergunta que ainda resta: quem matou Marielle? Essa prisão não se dá por causa da rachadinha, talvez nós tenhamos chegado ao começo de um fio do novelo”.

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