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PF cruzou dados do Alvorada e de celulares para confirmar relato de Mauro Cid sobre minuta de decreto golpista

Documento golpista foi discutido por Jair Bolsonaro na residência oficial

Polícia Federal e Bolsonaro com Mauro Cid (Foto: Divulgação/PF | Alan Santos/PR)
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247 - A Polícia Federal (PF) está utilizando dados de registros de celulares e de entrada e saída do Palácio do Alvorada na investigação sobre minuta do decreto golpista encontrado no gabinete de Jair Bolsonaro, na sede do PL, que previa a prisão do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e a convocação de novas eleições após a derrota de Jair Bolsonaro (PL)  na disputa de 2022.

De acordo com a coluna da jornalista Andréia Sadi, do G1,  a existência da minuta golpista foi revelada à PF pelo tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, em uma delação premiada homologada pelo STF. Registros da movimentação no Alvorada e dados de Estações Rádio Base (ERB) foram utilizados para corroborar o relato de Cid e obter mais detalhes sobre os participantes das discussões e a maneira como eles se comunicavam. 

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Segundo a PF, Bolsonaro estava ciente da existência da minuta, fez ajustes em seu conteúdo e a apresentou a militares que também são investigados pela tentativa de golpe de Estado. A cronologia dos eventos inclui a apresentação da minuta em novembro de 2022, ajustes em dezembro, e a tentativa de implementação do plano golpista.

A PF considera uma prioridade ouvir o general Freire Gomes para confirmar a cronologia da minuta golpista. Além disso, a investigação revela detalhes de encontros no Palácio do Alvorada, incluindo participantes como Filipe Martins, assessor da presidência para assuntos internacionais, o advogado Amauri Saad, o padre José Eduardo de Oliveira e Silva, entre outros.

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Os registros indicam a entrada e saída de diversas autoridades no Alvorada, e a PF afirma ter áudios em que Mauro Cid relata os ajustes feitos por Bolsonaro na minuta, inclusive a exclusão das prisões do ministro do STF Gilmar Mendes e do presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). A alteração do texto feita por Bolsonaro previa apenas a prisão do ministro do STF Alexandre de Moraes e a realização de novas eleições.

No áudio analisado pela PF, Cid menciona que Bolsonaro iria falar com o general Theophilo Gaspar de Oliveira - que detinha o controle do maior contingente de tropas do Exército, além das unidades de Forças Especiais e Operacionais -, indicando a importância da adesão do comandante para o sucesso do plano. 

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A investigação aponta que o discurso de Bolsonaro após semanas de silêncio foi feito para “manter a esperança dos manifestantes de que o então Presidente da República, juntamente com as Forças Armadas iriam tomar uma atitude para reverter o resultado das eleições presidenciais, para atender o ‘apelo popular’, fato que efetivamente estava em curso naquele momento”. 

"E o que ele comentou de falar com o general Theophilo. Na verdade, ele quer conversar", diz Cid em um dos diálogos analisados pela PF. Cid também diz a Freire Gomes que se a "força não incendiar, o status quo mantém aí como o que está previsto, que estava sendo feito (...)".

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A defesa de Bolsonaro afirma que o ex-mandatário “jamais compactuou com qualquer movimento que visasse a desconstrução do Estado Democrático de Direito ou as instituições que o pavimentam".Ainda segundo os advogados, o documento de cunho golpista encontrado no gabinete de Bolsonaro havia sido impresso para que ele "pudesse tomar conhecimento” dos materiais citados na investigação.

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