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Brasil

Salles tenta lavar as mãos: temos dificuldade para manter fiscais ambientais

Na tentativa de justificar o fracasso da sua política ambiental, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, admite que os números das queimadas na Amazônia, têm relação direta com o aumento do desmatamento da região nos últimos anos, mas afirma que o governo tem dificuldades de manter o quadro de fiscais e precisa ser “criativo” para encontrar soluções

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BRASÍLIA (Reuters) - O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, admite que os números das queimadas na Amazônia, que surpreenderam o mundo nas últimas semanas, têm relação direta com o aumento do desmatamento da região nos últimos anos mas, em entrevista à Reuters, diz que o governo tem dificuldades de manter o quadro de fiscais e precisa ser “criativo” para encontrar soluções.

Ao ser perguntado sobre o que teria levado a um aumento fora da curva das queimadas este ano, Salles creditou ao clima, mas também ao desmatamento.

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“O tempo quente e seco, e realmente com uma relação com o desmatamento, que vem aumentando de 2012 para cá”, disse.

Há três semanas, Salles entrou no meio de um furacão quando imagens da floresta amazônica queimando começaram a correr o mundo. Como mostrou a Reuters, nos primeiros dias de agosto, os focos de queimada já eram 83% maiores do que no mesmo período do ano passado.

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Desde então, o governo brasileiro virou alvo de críticas em todos os segmentos, com ameaças —algumas concretizadas— de retaliações internacionais e discursos inflamados. Desde então, pressionado, o Brasil tem moderado o discurso mais agressivo do presidente Jair Bolsonaro e tomou medidas para tentar diminuir os estragos na floresta —a principal delas, o envio de militares em uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) aos Estados da Amazônia Legal.

Salles ainda questiona os dados das queimadas, levantados diariamente pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Segundo ele, os focos efetivos são menores do que os alertas iniciais.

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“O número anual ainda não fechou. Tem que olhar no momento certo. O próprio número de focos, do próprio Inpe —não estou falando do ministério não—, está demonstrando que a quantidade de focos comprovados é diferente dos alertados”, disse. “De qualquer forma, as medidas necessárias para combate aos focos foram todas tomadas e ele (o número) já está caindo.”

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