Sem conseguir os votos para adiar as eleições municipais, Maia joga debate para semana que vem
Rodrigo Maia, presidente da Câmara, se esforça, mas não conseguiu ainda reunir os votos suficientes para a aprovação da proposta que adia as eleições municipais de outubro para novembro
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Reuters - O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta quinta-feira que ainda não há votos suficientes na Casa para a aprovação de Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que adia as eleições municipais de outubro para novembro, mas disse que tentará construir as condições para pautá-la na próxima semana.
Segundo ele, há pressão de prefeitos pela manutenção das eleições em 4 e 25 de outubro, apesar da pandemia de Covid-19. O presidente da Câmara ponderou ainda que nos meses de agosto e setembro haverá dificuldades para que os eleitores possam conhecer seus candidatos de foram "transparente" e "democrática".
"A eleição não pode estar à frente de salvar vidas, de proteger famílias", disse Maia em coletiva, acrescentando que nas reuniões sobre o tema, com a participação de senadores e de integrantes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), médicos recomendaram que as datas para a escolha de prefeitos, vice-prefeitos e vereadores sejam de fato adiadas.
O deputado considerou ainda "incoerente" prefeitos resistirem ao adiamento das eleições ao mesmo tempo em que demandam recursos de emergência para combater o avanços da doença e os efeitos econômicos decorrentes dela.
O Senado aprovou a PEC em dois turnos na terça-feira com larga margem de votos, adiamento as eleições municipais dos dias 4 e 25 de outubro para os dias 15 de novembro, em primeiro turno, e 29 de novembro, em segundo turno, em caráter excepcional. Também abriu a possibilidade de reavaliação das datas em Estados e municípios que não tiverem condições sanitárias de realizar as eleições.
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