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Brasil

Sob Bolsonaro, Eletronuclear "escondeu" vazamento de material radioativo na Usina Angra 1

Vazamento de material radioativo ocorreu no dia 16 de setembro do ano passado e só foi comunicado às autoridades 21 dias após o incidente

Angra 1 e 2 batem recorde histórico de produção em 2011 (Foto: Divulgação/Angra1 da Eletronuclear)
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247 - A Eletronuclear, empresa estatal responsável pelas usinas nucleares do Brasil, não informou de forma imediata à Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) o vazamento de material radioativo que ocorreu na usina nuclear de Angra 1, na Baía de Itaorna, em Angra dos Reis (RJ), no dia 16 de setembro do ano passado, no final do governo Jair Bolsonaro (PL). Segundo o jornal O Globo, o vazamento só foi comunicado 21 dias após o incidente. O vazamento é alvo de uma ação cível pública na Justiça. 

Segundo a reportagem, a Eletronuclear estima que cerca de 90 litros de material radioativo tenham escorrido para o mar e que o “‘pequeno volume’ do material lesivo foi ‘lançado de forma involuntária no sistema de águas pluviais’ e que se tratou de um ‘incidente operacional’, sem a necessidade de cumprir o ‘rito de notificações que seriam obrigatórias em caso de acidente’ e que, após analisar o episódio, não foi encontrado ‘nenhum resultado significativo’”.

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A CNEN, o Ibama e o Ministério Público Federal, porém, dizem que a demora em comunicar o vazamento levanta dúvidas sobre os dados fornecidos pela Eletronuclear a respeito do incidente na usina.  “As dimensões do vazamento e os danos causados ao meio ambiente e à saúde humana ainda são desconhecidos pelos órgãos, que querem aprofundar a investigação do caso”, ressalta a reportagem. 

Nesta quarta-feira (22), a juíza federal Monica Maria Leone Cravo determinou que a Eletronuclear avalie os possíveis danos causados causados pelo vazamento do material radioativo e que divulgue “informações objetivas sobre o acidente e as medidas adotadas para remediar os danos, de forma a garantir o direito à informação da população afetada e a prevenir a manipulação de informações”. 

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Na terça-feira (21), o procurador da República Aldo de Campos Costa já havia ajuizado uma ação civil pública na Justiça Federal em Angra dos Reis contra a estatal  pela “ausência de transparência e irresponsabilidade na comunicação do acidente nuclear”.

Prefeitura de Angra será coautora em ação contra Eletronuclear

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A Prefeitura de Angra dos Reis entrará como coautora na ação que o Ministério Público Federal move contra a Eletronuclear por não ter informado imediatamente sobre o vazamento de material radioativo na usina Angra 1.

Na manhã desta quinta-feira (23), o prefeito Fernando Jordão falou por telefone com o presidente da estatal, Eduardo Grivot de Grand Court, e cobrou explicações. 

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"Sou prefeito de Angra, onde ficam as usinas, e em nenhum momento fui informado sobre o caso, nem a Defesa Civil ou o Centro Integrado de Informações Estratégicas em Saúde. As responsabilidades precisam ser apuradas."

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