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Terroristas eram carne de canhão para que uma junta militar assumisse o poder, diz Renato Janine Ribeiro

Em artigo, o ex-ministro desnuda as intenções por trás do terrorismo em Brasília e diz que o golpismo ainda não foi esmagado

Renato Janine Ribeiro (Foto: Paulo Pinto/Agencia PT)
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247 – O professor e ex-ministro Renato Janine Ribeiro apontou, em artigo publicado na Folha, as intenções reais dos terroristas que depredaram a Praça dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro de 2023. "Usemos do raciocínio. A turba que invadiu o Planalto —uma mistura de perfeitos imbecis, que geraram nas redes provas contra si mesmo, e de desqualificados que roubaram, destruíram e defecaram— não passava de carne para canhão. Pretendiam eles tomar o poder? Poupem-me! Não, eles foram financiados para criar uma convulsão social. Seus mandantes, que não apareceram nas câmeras mas pagaram ônibus, lanches e banheiros químicos, só podiam querer um pretexto para uma junta militar", escreveu Janine Ribeiro.

"Imaginem se alguns dos idiotas úteis tivessem morrido, ou se além deles também morresse gente respeitosa da lei e da democracia. Haveria um álibi magnífico para se alegar que o governo não conseguia manter a ordem e que então os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica (os atuais ou outros, isso não importa) deveriam tomar o poder. Com essa desculpa, eles implantariam um bolsonarismo sem Jair Bolsonaro. Não chamariam o foragido de sua mansão na Flórida para repô-lo na Presidência. Pode até ser que, para inglês ver, o criticassem. Brandamente. Mas seria instituído um regime de exceção, fechando o Congresso, o Supremo e, obviamente, prendendo Lula e vários de seus ministros", acrescenta.

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"Escapamos disso por pouco. A reação rápida do presidente Lula, intervindo na segurança pública do Distrito Federal e, mais ainda, do ministro Alexandre de Moraes, afastando o governador local por suspeita de 'omissão dolosa', abortaram o projeto. Manteve-se a democracia, ainda que vulnerável e frágil", aponta ainda Janine. "Tudo isso mostra que os riscos continuam. Foi um fracasso rotundo, mas pode ter sido apenas um ensaio geral para o próximo golpe (...) Os crimes de domingo (8) podem ser o ensaio geral de um golpe futuro. Ou quebramos o ovo da serpente ou ele acabará eclodindo", alerta.

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