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CPI Covid

Precisa tenta justificar preço de US$ 15 por dose da Covaxin, mas revela que vacina era oferecida a um terço desse valor

A Precisa Medicamentos divulgou nota para tentar se defender no escândalo da Covaxi, mas acabou revelando que a vacina, que seria comprada pelo governo Bolsonaro a U$ 15 a dose, era vendida a US 5,3

Luis Miranda e Jair Bolsonaro / Covaxin (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados | Reuters)
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247 - Numa nota para se defender das acusações em relação à intermediação para compra da vacina Covaxin, a Precisa Medicamentos tentou defender nesta quarta-feira (23) o preço de U$ 15 a dose mas, inadvertidamente, revelou que o imunizante era oferecido por um terço do preço. "No mercado internacional, o imunizante tem sido oferecido entre US$ 15 e US$ 20. Na Índia, país onde a fabricante está estabelecida, o preço da dose foi definido em US$ 16 para os hospitais privados (valor superior ao estipulado ao Brasil, que é de US$ 15) e US$ 5,3 para os governos estaduais”, escreveu a Precisa na nota.

A empresa mencionou o preço maior para “hospitais privados”, mas o governo brasileiro não é um hospital. E revelou o preço de US 5,3 para “governos estaduais”, sem esclarecer a quais governos se referia. De qualquer forma, não há qualquer governo estadual, indiano ou de outro país que faça uma aquisição superior ao governo brasileiro, o que por si só justificaria o preço menor para a compra -e não o maior. 

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A Precisa Medicamentos é a representante no Brasil do laboratório indiano Bharat Biotech a fabricante da Covaxin. 

O contrato de R$ 1,6 bilhão assinado entre a Precisa e o Ministério da Saúde para o fornecimento de 20 milhões de doses da Covaxin virou alvo de investigação do Ministério Público Federal, entre outros motivos, pelo valor de cada dose. Nenhuma outra vacina comprada pela pasta teve custo tão elevado. No Brasil, a dose da Pfizer, por exemplo, saiu por US$ 10 (R$ 56,30), e a da AstraZeneca/Oxford, US$ 3,16 (R$ 19,87).

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Na mesma nota, a farmacêutica mencionou uma suposta transparência nas negociações: "A Precisa informa que as tratativas entre a empresa e o Ministério da Saúde seguiram todos os caminhos formais e foram realizadas de forma transparente junto aos departamentos responsáveis do órgão federal. Importante destacar que o período entre a negociação e a assinatura do contrato para aquisição da Covaxin levou a mesma média de tempo de outros trâmites semelhantes."

Para o senador Renan Calheiros (MDB-AL),  relator da CPI da Covid, onde deporão os irmãos Luís Miranda, deputado federal pelo DEM do Distrito Federal, e Luís Ricardo Fernandes Miranda, alto servidor do Ministério da Saúde, a Precisa atuou como um "laranja e atravessador" na intermediação do contrato com o Bharat Biotech para a compra superfaturada da vacina Covaxin.

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