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Economia

Armínio Fraga alerta para o risco de descontrole inflacionário

“Com juros elevados e perspectivas cada vez piores para o crescimento a partir do ano que vem, a dívida pública deve voltar a uma trajetória de crescimento acelerado. O espectro da dominância fiscal segue assombrando o Brasil”, afirma o economista

Arminio Fraga (Foto: World Economic Forum/Benedikt von Loebell)
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247 - O economista Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central, observa, em sua coluna na Folha de S. Paulo, que “a principal tarefa de qualquer banco central é manter a inflação sob controle” e que, caso isso não ocorra, o Brasil poderá sofrer as consequências do descontrole inflacionário e do aumento da dívida pública. 

“Quando a inflação é de demanda, o tratamento é relativamente fácil. Mais complicado é o caso de um choque de oferta. Refiro-me aqui a aumentos de preços de alimentos, combustíveis e insumos e a quebras de confiança que reduzem a produção”, observa Fraga. “Nesses casos, a inflação aumenta ao mesmo tempo que a economia se desacelera. Recomenda-se então uma volta gradual da inflação à meta, de forma a minimizar os impactos sociais do ajuste”, completa. 

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Ainda segundo ele, “vale reforçar que, uma vez que a inflação saia de controle, os custos sociais estão contratados. O desafio reside em minimizá-los. O BC age como se estivesse pescando com uma linha fina e não dá um tranco muito forte no peixe, sob pena de a linha social se romper. Há um segundo caso que pode afinar ainda mais a linha do pescador monetário: aquele em que o aumento da taxa de juros contribui para um crescimento descontrolado da dívida pública, fenômeno conhecido entre os especialistas como ‘dominância fiscal’.

“Como bem sabemos, tal crescimento pode se transformar em paralisante fonte de incerteza, que por sua vez pressiona para cima o custo do crédito, a taxa de câmbio e a inflação, e para baixo a atividade econômica, o emprego e os salários”, ressalta. “A partir de 2020, a dívida federal cresceu em cerca de 5 pontos do PIB. Não cresceu mais, apesar dos gastos com a pandemia, em função do congelamento (temporário) de salários no setor público e da alta da inflação (que permitiu uma redução temporária da conta de juros)”, escreve ele no artigo.

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“Com juros elevados e perspectivas cada vez piores para o crescimento a partir do ano que vem, a dívida pública deve voltar a uma trajetória de crescimento acelerado. O espectro da dominância fiscal segue assombrando o Brasil”, finaliza.

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