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Bolsa acelera queda após discurso "superficial" de Haddad

"O Haddad é uma boa pessoa e é bem intencionado, ninguém discorda disso. Só que o que ele disse foi muito superficial", resumiu um dos principais sócios de um banco da Faria Lima

(Foto: Reprodução/TV Globo)

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247 - Cotado para assumir o Ministério da Fazenda no novo governo Lula (PT), Fernando Haddad (PT) discursou nesta sexta-feira (25) em um evento promovido pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos). Enviado como emissário de Lula, Haddad tentou reduzir a resistência do mercado financeiro a seu nome. O resultado, no entanto, foi negativo.

"O Ibovespa, índice de referência da Bolsa, ampliou sua queda após as falas do petista, recuando de quase 112 mil pontos para perto de 109 mil, uma queda de 2%", diz reportagem do jornal O Globo.

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Para banqueiros, o discurso de Haddad foi vago e não contribuiu para reduzir as desconfianças que pesam sobre o petista. 

"Ele não tocou em aspectos importantes, como a responsabilidade fiscal. O que existe hoje é uma proposta que traz um gasto de R$ 200 bilhões e que não diz de onde virão esses recursos. Era necessário ser bastante claro sobre isso. Por isso que o mercado esticou a queda", afirmou um ex-diretor do Banco Central.

"Ele está sendo relativamente neutro. Não está falando em redução de gastos e, sim, em qualidade do gasto. É coerente com o que ele tem dito, o que não é bom", declarou o CEO de um banco.

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"O Haddad é uma boa pessoa e é bem intencionado, ninguém discorda disso. Só que o que ele disse foi muito superficial. Se ele atrair o cirurgião-chefe certo e uma equipe médica de primeira, o paciente sai bem e vai se recuperar. Se ficar com ele e com a equipe do PT, o paciente vai ficar refém de uma quimioterapia cada vez maior. Estou falando de taxa de juros, um remédio que derruba, mas que é vital", falou um dos principais sócios de um banco da Faria Lima e que esteve no almoço da Febraban.

"Foi uma fala 'chuchu'. Não trouxe nada de concreto em termos de propostas. Alguns gostaram da questão da reforma tributária como prioridade, mas é precisa entender melhor o que significa maior eficiência nas despesas", analisou o presidente de uma gestora internacional no Brasil.

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