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Economia

Bolsonaro deixa conta de R$ 500 bi a ser paga pelo consumidor de energia elétrica, diz transição

Segundo o coordenador do grupo de Minas e Energia da transição, Mauricio Tolmasquim, a conta terá reflexo na tarifa de energia elétrica paga pelos consumidores

Maurício Tolmasquim (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)
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247 - Coordenador executivo do grupo de Minas e Energia da equipe de transição do governo Lula (PT), Mauricio Tolmasquim afirmou nesta quinta-feira (8) em entrevista coletiva que o governo Jair Bolsonaro (PL) está deixando para a próxima administração uma conta de R$ 500 bilhões, a ser paga pelo consumidor de energia elétrica nos próximos anos.

A conta inclui a Conta-Covid - um empréstimo feito ao setor elétrico durante a pandemia de Covid-19; a Conta Escassez-Hídrica - novo empréstimo feito ao setor elétrico para cobrir os rombos da crise energética de 2021; e a contratação emergencial de usinas termelétricas, realizada em outubro do ano passado pelo governo;.

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Além disso, é necessário pagar também a contratação de Pequenas Centras Hidrelétricas (PCHs), por meio de uma reserva de mercado nos leilões de energia. Esta foi uma contrapartida exigida pelo Congresso Nacional no projeto que autorizou a privatização da Eletrobras, assim como a obrigação de contratar usinas termelétricas em regiões em que não há escoamento de gás natural.

"Vimos que uma série de ações feitas nesse governo vai deixar uma herança para os próximos governos, que terá de ser paga pelo consumidor de energia elétrica. Tentamos somar todo esse custo a ser pago nos próximos anos e atinge R$ 500 bilhões se trouxermos tudo para hoje em termos nominais", afirmou Tolmasquim.

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Segundo ele, a conta bilionária terá impacto na tarifa de energia elétrica paga pelos consumidores. "É uma questão muito grave, pois o custo de gerar energia é muito barato. Porque nossas fontes são baratas, temos bons recursos naturais, agora a tarifa que o consumidor paga é exorbitante, uma das mais caras do mundo. O que estamos vendo agora é mais pressão sobre as tarifas ao consumidor e temos de agir para evitar isso".

De acordo com Tolmasquim e com o coordenador do subgrupo de energia do governo de transição, Nelson Hubner, a equipe já trabalha em alternativas para reduzir a conta. "Uma das propostas será a rescisão dos contratos das usinas termelétricas contratadas no leilão emergencial realizado no ano passado. Esses contratos somam R$ 39 bilhões", diz reportagem do g1.

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O governo eleito ainda "vai buscar rever, junto ao Congresso Nacional, a necessidade de contratação de usinas termelétricas em lugares distantes, sem escoamento de gás natural. É uma conta de R$ 368 bilhões, porque terá de ser feita toda a infraestrutura para levar gás a essas térmicas, os chamados gasodutos", segundo a matéria.

Tolmasquim classificou como "inaceitável" a "irracionalidade energética, construir usinas longe do suprimento de gás e do centro de consumo, vai construir gasodutos, linhas de transmissão caríssima. (...) Isso vai passar pelo Congresso, mas acreditamos que o novo Congresso será sensível e isso e reverter esse processo danoso ao meio ambiente e ao consumidor".

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