Campos Neto critica aumento de gastos do governo "acima da média"

247 - O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou nesta segunda-feira (2) que "a gente tem sempre um questionamento fiscal". De acordo com o responsável pelo BC, "há uma dificuldade estrutural de cortar gastos; é uma equação que precisa ser endereçada no longo prazo".

"Temos apoiado o governo na manutenção das metas fiscais. No fim das contas estamos olhando para a estabilidade da trajetória de dívida, é importante persistir", afirmou o dirigente em evento da Associação Brasileira de Câmbio (Abracam), no estado de São Paulo (SP).

Aliados do governo Lula vêm criticando o presidente do BC por conta da Selic, taxa básica de juros, atualmente em 12,75%. Se o percentual diminuir, o crédito fica mais barato, estimula o poder de consumo e o crescimento da economia. Representantes do Comitê de Política Monetária (Copom) farão reuniões nos dias 31 de outubro e 1 de novembro para anunciar nova decisão sobre o índice.