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Economia

FUP se reúne com Prates e lideranças dos caminhoneiros para discutir impactos da nova política da Petrobrás no diesel

Caminhoneiros eram alguns dos principais afetados pelo PPI devido aos crescentes aumentos no preço do diesel nos últimos anos; cenário a partir de agora é diferente

Deyvid Bacelar (à esq.) e Jean Paul Prates (Foto: Divulgação | Jefferson Rudy/Agência Senado)
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247 - Após o anúncio da nova política de preços de combustíveis no país, representantes da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e lideranças dos caminhoneiros autônomos reuniram-se nesta quarta-feira (17) com o presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates, a fim de discutirem os possíveis impactos da medida sobre os preços do óleo diesel.

O novo instrumento, que substituirá a política de preço de paridade de importação (PPI), fará com que o consumidor pague o preço dos combustíveis levando em consideração os custos nacionais de produção.  

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>>> Mudança nos preços da Petrobrás é uma grande vitória do povo brasileiro

“Com o fim do PPI, teremos redução nos preços dos combustíveis, com reflexos positivos para a economia e para a redução da inflação, que é fortemente pressionada pelos combustíveis. Direta e indiretamente os combustíveis têm impacto de 40% na inflação, segundo cálculos do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Aumenta o diesel, aumentam frete, comida, vestuário, transporte”, destaca Deyvid Bacelar, coordenador-geral da FUP, que participou do evento.

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Ele observa que os caminhoneiros vêm sofrendo com o aumento dos preços do diesel há anos. Desde a implantação do PPI, em outubro de 2016, pela gestão do usurpador da República Michel Temer, o preço do diesel, na refinaria, subiu 121,5%. Somente no período Bolsonaro (janeiro de 2019 a 1º de janeiro de 2023), a alta foi de 203,6%, segundo dados da Petrobrás.  

No encontro, o presidente da Petrobrás se comprometeu a adotar medidas para restabelecer contratos com cooperativas de caminhoneiros autônomos, visando a volta da prestação de serviços à estatal. O governo Bolsonaro cortou os contratos da Petrobrás com essas cooperativas, a fim de privilegiar as grandes transportadoras, apoiadoras do ex-presidente.

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A questão será analisada pelo diretor de Logística, Comercialização e Mercados da companhia, Claudio Romeo Schlosser. Será criado um canal de comunicação direto entre a Petrobrás e as lideranças da categoria.

Do poço ao posto

Durante a reunião, o presidente da Petrobrás falou sobre a retomada do fortalecimento do refino no país e informou que, desde o início do governo Lula, o fator de utilização (FUT) das refinarias aumentou. Em janeiro último, o FUT estava em 78%, hoje chega a  90%. Prates também falou sobre possível retomada, pela Petrobrás, dos segmentos de  comercialização e distribuição de combustíveis, além de ampliar a capacidade de refino com diesel renovável (Diesel R), nas unidades de coprocessamento nas refinarias  Abreu e Lima (Rnest, em Ipojuca/PE), Presidente Getúlio Vargas (Repar, em Araucária/PR),  Presidente Bernardes (RPBC, em Cubatão/SP) e Refinaria de Paulínia (Replan, em Paulínia/SP).

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Bacelar alerta que todas as grandes petroleiras do mundo são verticalizadas, para garantir que um segmento cubra o outro em momentos de volatilidade do mercado e lembra que “a Petrobrás saiu de vários segmentos do mercado, desde 2016, com a ideia equivocada de se tornar apenas uma exportadora de óleo cru. Isso é um risco estratégico para a empresa”.  

Com a venda de ativos importantes - como a BR Distribuidora, a Liquigás, campos de petróleo e gás natural, transportadoras de gás natural, termelétricas e usinas eólicas -, a gestão anterior da Petrobrás transformou a empresa numa mera produtora e exportadora de petróleo.

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“Agora é a hora de a Petrobrás reforçar sua posição integrada e verticalizada, do poço ao posto, como são as grandes petroleiras do mundo, fortalecendo suas operações nos diversos segmentos da cadeia de petróleo, gás natural e energia, gerando empregos, negócios e renda, investindo em alta tecnologia e na capacitação de seu corpo técnico, assim como fortalecendo a indústria brasileira fornecedora de bens e serviços”, completa o dirigente da FUP.

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