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Economia

Gaspari: evangélicos travam plano de Bolsonaro de atender financiador de Trump e liberar jogatina

Com apoio de Arthur Lira, trama atende a lobby de financiador do Partido Republicano nos EUA, diz o jornalista

Jair Bolsonaro e Donald Trump (Foto: Alan Santos/PR)
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247 - Em sua coluna deste domingo na Folha, Elio Gaspari diz que o projeto que libera cassinos no Brasil só não foi votado ainda porque os parlamentares da bancada evangélica, pressionados pelas bases, impedem.

"Os bons costumes nacionais devem a boa parte da bancada evangélica da Câmara um grande serviço. Ela travou a trama que pretendia legalizar o jogo em Pindorama. À primeira vista, o que havia era apenas um truque do presidente da Câmara, Arthur Lira, levando ao plenário no escurinho de Brasília um velho projeto, que legaliza os jogos de azar e permite a reabertura de cassinos, chamando-os de resorts. O filé mignon e o pote de veneno dessa iniciativa estão na abertura dos cassinos. Por trás de uma panaceia arrecadatória e turística, há muito mais."

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O que está por trás é o lobby que teve como expoente o bilionário americano Sheldon Adelson, financiador do Partido Republicano nos EUA e apoiador de Trump. Elio lembra que, em maio de 2018, ele se encontrou com Jair Bolsonaro e Paulo Guedes no Copacabana Palace.

"Ele veio ao Brasil com dois objetivos: obter a promessa da instalação da embaixada brasileira em Jerusalém e tratar da abertura de cassinos em cidades turísticas. Adelson, grande financiador do partido Republicano nos Estados Unidos, tinha cassinos em Las Vegas, Singapura e Macau", escreveu.

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Naquela célebre ministerial de abril de 2020, Paulo Guedes insistiu na liberação dos cassinos, com palavras de baixo calão, e foi rebatido pela pastora Damares Alves, que chamou o projeto de "pacto com o diabo".

Paulo Guedes comentou:

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"Aquilo ali não atrapalha ninguém. Deixa cada um se foder. Ô Damares. Damares. Damares. Deixa cada um ... Damares. Damares. O presidente fala em liberdade. Deixa cada um se foder do jeito que quiser. Principalmente se o cara é maior, vacinado e bilionário. Deixa o cara se foder, pô! Não tem ... lá não entra nenhum, lá não entra nenhum brasileirinho."

O próprio Bolsonaro teria falado sobre a liberação dos cassinos com Donald Trump, empresário do ramo e então presidente.

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O presidente da Câmara, Arthur Lira, parece entusiasmado com o projeto e manobrou para aprovar a urgência do projeto, mas se comprometeu a só colocá-lo em votação em fevereiro.

Se a trama prosperar, Trump poderá ver Angra dos Reis se transformar em Cancum, desejo já explicitado por Bolsoaro, e Paulo Guedes ver a Amazônia virar uma Las Vegas (projeto externado por ele), mas o bilionário Sheldon Adelson, não. Ele faleceu em fevereiro deste ano, aos 87 anos, e deixou uma fortuna de 30 bilhões de dólares.

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