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Economia

Governo espera “frustração de receita” em 2015, diz ministro

Ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, admite que o governo deverá rever a meta do superávit primário, e isso será feito até sexta-feira; "Estamos avaliando ainda os cenários. Há uma perspectiva de frustração de receita que pode gerar a necessidade de a gente revisar o cenário vigente no último relatório", disse, após ser questionado se haverá déficit primário em 2015

Brasília - O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, fala na Comissão Mista de Orçamento sobre projetos de lei Orçamentária para 2016 e Plano Plurianual para 2016-2019 (Wilson Dias/Agência Brasil) (Foto: Gisele Federicce)
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BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Planejamento, Nelson Barbosa, afirmou nesta quarta-feira que há expectativa de frustração nas receitas deste ano, mas que o governo ainda calcula o tamanho do rombo para definir nova meta de primário até sexta-feira, levando também em conta o eventual pagamento das chamadas "pedaladas fiscais".

"Estamos avaliando ainda os cenários. Há uma perspectiva de frustração de receita que pode gerar a necessidade de a gente revisar o cenário vigente no último relatório", disse Barbosa, após ser questionado se haverá déficit primário em 2015.

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Diante do quadro de recessão e baixa confiança dos agentes econômicos, fontes disseram à Reuters na véspera que o governo vai mudar a meta de superávit primário deste ano para reconhecer déficit que pode chegar a 50 bilhões de reais. Por enquanto, a meta segue de superávit de 8,7 bilhões de reais, equivalente a 0,15 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).

Segundo Barbosa, nenhuma decisão foi tomada, sendo que as equipes do Planejamento e do Ministério da Fazenda analisam a possibilidade de o governo ainda embolsar receitas até o fim do ano com concessões e repatriação de recursos no exterior, cujo projeto de lei ainda tramita no Congresso Nacional.

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"A gente não tem nenhum número consolidado nesse momento porque depende de hipóteses que se fazem sobre a receita", afirmou ele, completando que a expectativa é de que números sobre as contas públicas de 2015 saiam até sexta-feira.

Perguntado sobre eventual flexibilização da meta fiscal também para 2016 diante do cenário de recessão econômica, Barbosa respondeu que a atenção do governo está voltada para as definições que serão tomadas para este ano.

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"Nosso foco está em 2015, nesse cenário de receita até o final do ano e também do encaminhamento que eventualmente será dado ao questionamento do TCU (Tribunal de Contas da União) sobre o pagamento de equalização de taxa de juros", disse.

A corte investiga a continuidade das chamadas "pedaladas fiscais" pelo governo, em referência ao atraso pelo Executivo no repasse de recursos a instituições financeiras públicas para o pagamento de benefícios sociais e subsídios.

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O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) apontou "pedaladas" de 40 bilhões de reais no primeiro semestre do ano, sendo parte delas referentes a equalizações de taxas de juros devidas ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no âmbito do Programa de Sustentação de Investimentos (PSI).

Barbosa falou após se reunir nesta manhã com o ministro do Trabalho e da Previdência, Miguel Rosseto, para debater diretrizes para melhorar a situação da Previdência. O ministro afirmou que há expectativa para uma reunião do Fórum da Previdência na próxima semana.

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De acordo com o Barbosa, o governo ainda avalia se sancionará as mudanças feitas pelos parlamentares na Medida Provisória com a regra 85/95, que disciplina a concessão de aposentadoria a partir de uma fórmula progressiva.

(Por Marcela Ayres)

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