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Economia

Kátia negocia ampliação do seguro agrícola

Na tarde desta sexta-feira 8, a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, se reuniu com o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, para discutir fontes de recursos a fim de elevar a verba de R$ 741 milhões para R$ 1 bilhão por ano

Na tarde desta sexta-feira 8, a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, se reuniu com o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, para discutir fontes de recursos a fim de elevar a verba de R$ 741 milhões para R$ 1 bilhão por ano (Foto: Gisele Federicce)
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Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil

A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, negocia com a equipe econômica a ampliação do orçamento do seguro agrícola. Hoje à tarde (8), ela se reuniu com o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, para discutir fontes de recursos a fim de elevar a verba de R$ 741 milhões para R$ 1 bilhão por ano.

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Segundo a ministra, o novo orçamento permitiria que 20 milhões de hectares em todo o país fossem cobertos pelo seguro agrícola, que minimiza as perdas de produtores rurais em caso de quebra de safra provocada por fatores climáticos. A verba atual é suficiente para cobrir 14,8 milhões de hectares. "É mais barato usar o seguro agrícola [para indenizar produtores afetados por secas ou por enchentes] do que renegociar dívidas e alongar prazos [de linhas de crédito]", disse Kátia.

Ao sair do encontro, a ministra da Agricultura assegurou que pretende aumentar o orçamento por meio da redução de gastos em outras áreas, sem elevar as despesas totais da pasta. "A agricultura é parceira do ajuste fiscal. Queremos encontrar soluções inteligentes para ampliar o seguro agrícola", declarou.

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Uma das medidas em estudo, disse a ministra, seria a redução dos estoques do governo. Estimados em R$ 800 milhões, os estoques de grãos consomem cerca de R$ 260 milhões por ano na manutenção dos silos. "O Brasil não tem a necessidade de manter um estoque desse tamanho. O dinheiro poderia ser empregado em outras áreas, como o seguro agrícola", explicou. Ela, no entanto, destacou que a ideia está em fase inicial de discussão e que o governo precisa ter vender os estoques aos poucos para que os preços não desabem.

A ministra comentou que o Ministério da Agricultura está adiantado no levantamento do patrimônio que pode ser vendido pela pasta. Segundo ela, o dinheiro pode ser usado para reforçar investimentos em órgãos como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária.

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Outra medida em estudo, disse Kátia Abreu, está na autorização para que investidores estrangeiros emprestem dinheiro por meio do Certificado de Recebíveis do Agronegócio. Para isso, no entanto, a lei precisa ser mudada. O certificado é um título privado que só pode ser emitido por empresas brasileiras registradas na Comissão de Valores Mobiliários. Os papéis têm como lastro o faturamento dos produtores rurais.

Em relação à taxação das Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), a ministra disse que o ministro Nelson Barbosa assegurou que o instrumento financeiro não será taxado. "Recebi a garantia de que LCA não será taxada neste momento. Foi tipo uma troca. Não tributamos a LCA, e a aplicação dura [no mínimo] 90 dias", declarou. A LCA é um título privado emitido por instituições financeiras para custear o agronegócio.

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Ao contrário de outras aplicações financeiras de renda fixa, como Certificados de Depósitos Bancários e fundos de investimento, a LCA não paga 15% de Imposto de Renda. Em maio do ano passado, o Conselho Monetário Nacional determinou prazo mínimo de 90 dias para a aplicação, o que impedia que especuladores usassem o papel, que não paga Imposto de Renda, para fazer aplicações de curto prazo, que prejudicavam a captação de recursos para o agronegócio.

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