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Economia

Padilha: taxa de juros atual "é desproporcional"

“Esperamos que o Banco Central persiga seus quatro objetivos previstos em lei", disse o ministro das Relações Institucionais

Alexandre Padilha (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)
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Por Luís Filipe Pereira, InfoMoney - O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), reforçou, nesta quarta-feira (22), que há expectativa do governo pela queda da taxa básica de juros, atualmente em 13,75% ao ano. Em entrevista ao canal de televisão CNN Brasil, ele destacou as medidas tomadas pelo Ministério da Fazenda e disse que o atual patamar da Selic “é desproporcional”.

“Esperamos que o Banco Central persiga seus quatro objetivos previstos em lei: fomentar o pleno emprego, suavizar a flutuação econômica, garantir a efetividade do sistema financeiro e a estabilidade econômica do país”, disse.

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A política monetária tem sido alvo de críticas do governo nos últimos meses, com questionamentos públicos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à autonomia do Banco Central e ataques ao dirigente da instituição, Roberto Campos Neto.

As declarações de Padilha foram dadas no dia em que o Comitê de Política Monetária (Copom) define o novo patamar da taxa básica de juros. O anúncio será feito à noite, após o fechamento dos mercados. A expectativa majoritária de agentes econômicos é que a Selic seja mais uma vez mantida em 13,75%.

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Questionado sobre a possível indicação de Rodolfo Fróes, para a Diretoria de Política Monetária, e de Rodrigo Monteiro, para a Diretoria de Fiscalização, do BC, Padilha disse que a definição dos nomes e o encaminhamento para que sejam sabatinados pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal devem ocorrer após a viagem da comitiva presidencial à China.

Relação com o Congresso

Alexandre Padilha afirmou que a relação do Poder Executivo com o Congresso Nacional é de sintonia e diálogo. Como exemplo, ele citou o esforço do governo para conter a CPI dos atos antidemocráticos, que poderia atrapalhar a tramitação de outros projetos e promover instabilidade no Legislativo.

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Quanto à relatoria do novo arcabouço fiscal, projeto de lei complementar que deve ser encaminhado pelo governo ao parlamento em abril, o ministro minimizou a possibilidade de ser escolhido um parlamentar que não componha a base aliada e disse que o importante é o deputado ser conhecedor da matéria e ter capacidade de elaborar um parecer adequado.

Ontem (21), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), confirmou que escolherá um parlamentar de seu partido para a relatoria do texto. Havia negociações para a indicação de um nome do União Brasil, mas as negociações não prosperaram após a ideia de formação de federação entre as duas legendas fracassar.

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“Tudo que o governo precisou, conseguiu aprovar. Assumimos as principais comissões da Câmara, que bolsonaristas queriam assumir para causar confusão. A base foi testada nas medidas provisórias que aprovamos até agora. Melhoramos a MP do Pronampe, dando mais estímulo aos empresários”, disse Padilha na entrevista à CNN Brasil.

No sentido de abrir a interlocução com setores da sociedade e estimular o diálogo sob o ponto de vista de outros atores políticos, o ministro confirmou que será realizada em abril a primeira reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social (CDES), conhecido como “Conselhão”. O órgão havia sido extinto por Jair Bolsonaro (PL) em 2019.

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