Quebrada pela Lava Jato, OAS se associa a chineses
Quebrada pela Lava Jato, e sem acesso a crédito, o grupo baiano, em recuperação judicial desde 2015, firmou parcerias com empresas asiáticas interessadas num atalho para o setor de construção; a ideia é que, na hora de disputar os projetos, os estrangeiros entrem como sócios; OAS espera concluir venda de sua fatia na dona do aeroporto de Guarulhos para cumprir meta de sair da recuperação judicial ainda em 2018
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247 - Abatida pela Lava Jato, em recuperação judicial, sem acesso a financiamentos e com menos contratos, a OAS firma parcerias com empresas chinesas para sobreviver. A ideia é entrar em disputas como prestadora de serviços, e não mais como sócia de empreendimentos. Para os chineses, a expertise da OAS e seu conhecimento de mercados específicos ajudariam a vencer licitações.
A empreiteira fia-se nesse modelo para engordar a carteira de contratos, algo essencial para garantir sua sobrevivência. O grupo é hoje uma fração do que era antes da Lava Jato, quando faturava R$ 8 bilhões e tinha 120 mil funcionários. Fechou 2017 com menos de R$ 2 bilhões em receita e pouco mais de 20 mil empregados, apurou o Estado. Procurada, a OAS não quis conceder entrevista.
Com as parcerias, a companhia baiana planeja conquistar ao menos R$ 3 bilhões em obras este ano. A meta parece ambiciosa para uma empreiteira cuja imagem foi fortemente arranhada – a OAS está no centro do caso que levou à condenação do ex-presidente Lula (leia ao lado). Mas, segundo fontes, o comando da empresa justifica a estimativa listando conquistas recentes. Depois de passar 2015 sem fechar qualquer contrato, em 2016 a OAS ganhou quatro obras, de R$ 800 milhões. No ano passado, outras dez concorrências, que somam R$ 1,6 bilhão. Este ano, já conquistou uma obra da Sabesp, empresa de saneamento de São Paulo.
As informações são de reportagem de Renata Agostini no Estado de S.Paulo.
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