"O genocídio em Gaza é o maior da história", diz Ualid Rabah

247 – Em uma entrevista à TV 247, Ualid Rabah, presidente da Federação Árabe Palestina do Brasil, abordou o genocídio promovido pelo estado de Israel contra o povo palestino em Gaza, que não poupou nem as festividades de Natal. Segundo ele, "o genocídio promovido por Israel em Gaza já é o maior da história".

Durante a entrevista, realizada no dia 25 de dezembro, Ualid Rabah ressaltou a importância de desejar um Feliz Natal mesmo diante da tragédia. Ele argumentou que a celebração natalina representa a Boa Nova do nascimento de Jesus Cristo, simbolizando um Deus de amor e misericórdia, em contraste com a interpretação racializada e étnica do Velho Testamento.

Ao discutir os últimos ataques em Gaza, Rabah destacou o bombardeio israelense a um centro de refugiados que resultou na morte de mais de 70 pessoas. Ele expressou tristeza diante da repetição constante de eventos tão devastadores e questionou a possibilidade de manter a fé e a esperança em meio a essa realidade.

Rabah também abordou a representação de Jesus Cristo, destacando a necessidade de reconhecer a origem palestina do Messias e afirmando que a imagem eurocêntrica disseminada é distante da realidade histórica.

Quanto à cobertura midiática brasileira, Rabah afirmou que os grandes veículos de comunicação são influenciados por interesses internacionais, especialmente os dos Estados Unidos. Ele enfatizou que a situação em Gaza não recebe a devida atenção e que a mídia brasileira está longe de ser imparcial nesse cenário. "Mas graças à mídia independente conseguimos equilibrar um pouco a narrativa", disse ele.

A entrevista também abordou a iniciativa do governo brasileiro, liderado pelo presidente Lula, em repatriar brasileiros palestinos. Rabah elogiou a ação do governo e destacou a importância de proporcionar condições dignas para esses repatriados, incluindo assistência econômica e programas sociais.

Ao encerrar a entrevista, Ualid Rabah agradeceu à mídia não hegemônica por proporcionar uma voz equilibrada e não implicada no genocídio, permitindo uma narrativa mais justa e abrangente para a opinião pública brasileira. Assista: