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Deputado relata assédio para votar a favor de Temer

O deputado César Halum (PRB-TO), um dos três que mudaram o voto para ser a favor de Temer na denúncia por organização criminosa e obstrução de Justiça, diz que foi assediado com oferta de cargos e liberação de emendar para votar a favor do peemedebista; Halum diz, no entanto, que resolveu votar contra o prosseguimento da denúncia por outros motivos; "O líder do meu partido que me fez vários apelos, veio perguntando o que eu precisava", diz

César Halum (Foto: Giuliana Miranda)
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247 - "O líder do meu partido que me fez vários apelos, veio perguntando o que eu precisava", diz o deputado César Halum (TO), relatando a abordagem do líder do PRB na Câmara, Cleber Verde (MA), para convencê-lo a mudar de ideia e votar a favor de Michel Temer na segunda denúncia.

As ofertas foram além. Halum diz que o líder de seu partido também questionou se o deputado não gostaria de reaver os dois cargos que havia perdido nos Correios e na Secretaria da Pesca, após votar contra Temer na primeira denúncia, por corrupção passiva.

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"O meu líder veio me perguntar se eu tinha interesse em voltar os cargos. Eu disse: nenhum. Eu não quero porque, quando eu arrumo emprego para um, dez ficam com raiva de mim porque não coloquei os outros. Nunca fiz política achando que emprego que vai me dar voto", afirma o deputado à Folha.

O deputado, um dos 251 que votaram contra o prosseguimento desta segunda denúncia, relata também ter sido sondado a respeito da liberação de emendas. Assim como nos outros assédios, garante que recusou.

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"Muita gente me procurava [com] negócio de emenda: 'Liberou emenda para você?'. Olha, para mim, escutei muito essa tratativa aí, comigo eu não tenho essa preocupação porque eu não fico procurando nada extraordinário. Tem a lei que diz que eu tenho as minhas emendas impositivas, então paga as minhas. Se não pagar, eu vou no STF [Supremo Tribunal Federal] e faço pagar. É lei, impositiva, né não?", pondera o parlamentar.

Halum foi um dos três deputados que viraram a casaca a favor de Temer na denúncia por organização criminosa e obstrução de Justiça. Mas ele afirma que os motivos que o levaram a rejeitar a denúncia foram outros.

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"Não fui no aspecto 'ah, a denúncia não tem consistência, tem, não tem'. Não olhei por este lado. Olhei, no momento agora, qual que era o mal menor. Acho que meu voto define assim: eu votei pelo mal menor. Uma mudança agora seria uma mudança muito grande", afirma o deputado de segundo mandato.

Para atrair votos a favor de Temer, houve promessa até de distribuição de ambulâncias. O peemedebista barrou esta segunda denúncia por 251 a 233.

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 As informações são de reportagem de Daniel Carvalho na Folha de S.Paulo.

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