Venda ilegal de armas a facções criminosas no Brasil movimentou R$ 1 bilhão em três anos

247 - A Polícia Federal realizou na última terça-feira (5), a Operação Dakovo, com o objetivo de desmembrar uma organização criminosa ligada ao tráfico internacional de armas. O esquema estava ligado diretamente às maiores facções criminosas do país, que traziam armas pela fronteira entre o Paraguai e o Brasil.

Diego Hernan Dirísio (49), conhecido como um dos maiores traficantes da América Latina, e Fhillip da Silva Gregório (36), traficante de drogas do Complexo do Alemão (RJ), eram os principais responsáveis pela organização - ambos estão foragidos. A PF aponta mais 54 pessoas ligadas ao esquema, contando com a prisão de 16 dos envolvidos.

Como mostrou o Fantástico, a investigação durou três anos e teve início após a apreensão de pistolas e fuzis na Bahia. Segundo a PF, a facção já havia movimentado mais de R$ 1 bilhão de faturamento. As transações das armas eram feitas de forma legal no Paraguai, através de sua própria empresa de Dirísio que, até então, estava legalizada no país vizinho.

O armamento chegava ao Paraguai com permissão da Dimabel, órgão de fiscalização de armas da região liderada por militares. Segundo a investigação, Dirísio subornava oficiais de alta patente para facilitar as transações e a entrada dos carregamentos que vinham da Europa. No total, 15 membros da Dimabel, incluindo oficiais, foram alvo da operação na última terça-feira.