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Ideias

Dugin: guerra na Ucrânia representa choque de civilizações

Cientista político russo, apontado como uma das inspirações de Putin, descreveu o que chamou de conflito entre "civilização do mar" e "civilização da terra"

(Foto: Reprodução/Facebook)
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247 - O teórico Alexsandr Dugin, apontado como uma das inspirações de Vladimir Putin, concedeu nesta quinta-feira, 28, uma entrevista ao canal Arte da Guerra, no YouTube, em que explicou as motivações do líder russo para a operação militar especial na Ucrânia. 

Segundo ele, para compreender o conflito, é necessário aplicar a geopolítica, que compreende a história como a luta entre civilizações. Atualmente, existem duas principais: a do mar, Atlantista, e a da terra, Eurasiática. 

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"A geopolítica compreende a história do mundo como a luta entre o poder do mar e o poder da terra, as duas grandes civilizações que se encontram e se confrontam. Essa é a base da geopolítica, a ciência criada pelos anglo-saxões", disse.

"Todos conhecem a posição atlantista, que combate a 'ilha do mundo', que é a Eurásia, representante da civilização da terra", seguiu. "A visão eurasianista se considera justamente oposta. Propõe combater a civilização do mar".

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"Sem aceitar essa possibilidade, não podemos compreender nada da situação atual", pontuou. "A geopolítica é o jogo entre a civilização do mar e a civilização da terra". 

Putin é o personagem histórico que se posicionou como o líder da civilização da terra, após anos de submissão da Rússia ao Ocidente com o fim da União Soviética.

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"A civilização do mar obteve muitos sucessos depois do fim da União Soviética, que foi sua grande vitória. Esta civilização do mar pretendia ser única, e iniciou-se a globalização, a ideia que a história acabou", disse. "Nos anos 90, a Rússia foi enfraquecida, perdeu o poder de opor-se a essa civilização". 

"Mas com Putin, tudo mudou. Ele começou a afirmar a Rússia como o centro independente da civilização da terra, que logicamente deve se opor à pressão da globalização e do Ocidente", disse. 

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Com o golpe de 2014, a Ucrânia tornou-se um ponto de conflito. Foi orientada "contra a Rússia. Uma operação para integrar a Ucrânia na civilização do mar. Depois desse momento, a Ucrânia tornou-se anti-Rússia".

Assim, a operação militar especial veio para evitar a integração da Ucrânia nesta civilização. 

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"A Rússia forte, com consciência política não pode aceitar essa integração da Ucrânia na civilização do mar. Isso explica nossa operação militar especial. A luta da civilização da terra para reivindicar suas posições no contexto da geopolítica global", disse. 

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