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“Campo progressista está obrigado a ter candidatura própria na Câmara”, afirma Breno Altman

Jornalista Breno Altman critica a possibilidade da esquerda apoiar o nome do deputado bolsonarista Arthur Lira ou de aliados de Rodrigo Maia. "É preciso demarcar posição para explicitar ao povo que não haverá espaço no qual a esquerda não dará enfrentamento contra o bolsonarismo e neoliberalismo", diz Altman à TV 247

Breno Altman (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | ABr)
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247 - Jornalista e editor do Opera Mundi, Breno Altman defendeu nesta segunda-feira (14), em entrevista à TV 247, uma candidatura própria do campo progressista para a presidência da Câmara dos Deputados.

Para ele, a esquerda passará uma imagem negativa à base social caso negocie apoio com Arthur Lira (PP-AL), representante do governo federal. O mesmo acontece caso acenos sejam feitos ao grupo do atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). "Apoiar qualquer uma das duas candidaturas passa um sinal para a base social de esquerda muito ruim. Se apoia o Arthur Lira, é um sinal de que o bolsonarismo não é tão ruim assim, porque dá para fazer acordo com ele. Você ajuda a naturalizar o bolsonarismo. Se você faz um acordo com o DEM ou PSDB, você está dando o 'brevê' de que essa gente combate o bolsonarismo". 

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"Os critérios dessa negociação são todos estranhos aos interesses populares. A gente nunca lê ou ouve que a negociação é assim: 'olha, estamos dispostos a apoiar o presidente da Câmara que faça quatro coisas. Quais são essas quatro coisas? Integridade do Fundeb, renda mínima emergencial de R$ 600 por mais um ano, eliminação do teto de gastos e impeachment do Bolsonaro'. São coisas de interesse do povo. Mas não. O que a gente ouve da negociação é uma balela. As reivindicações são todas ilusórias", complementou.

Segundo Altman, é obrigação dos partidos de esquerda, e principalmente do PT, dado seu tamanho, apresentar um nome para a presidência da casa. Assim, o campo mostrará à população que não deixa de enfrentar o bolsonarismo em qualquer instância. "As forças progressistas não estão passando um sinal de politização da disputa da mesa da Câmara, do tipo: 'vamos apoiar quem aceitar essas quatro reivindicações'. São ganhos para o povo. Já que a esquerda não tem força para ganhar, impõe na negociação interesses do povo", avaliou o jornalista. 

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"Não está sendo feito isso. Eu penso que nesse cenário o campo progressista está obrigado a ter uma candidatura. Especialmente os maiores partidos de esquerda, a começar pelo PT, têm a obrigação de chamar um movimento nessa direção de ter uma candidatura própria contra o neofascismo e contra o neoliberalismo. Tem que demarcar posição para explicitar ao povo brasileiro que não haverá espaço nas instituições e espaço na sociedade no qual a esquerda não dará enfrentamento para valer contra o bolsonarismo e o neoliberalismo", acrescentou.

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