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"O que há no Planalto não é um presidente, mas uma ameaça", diz Josias de Souza

“No vácuo moral a que chegou o país, Bolsonaro parece imaginar que pode fazer ou dizer o que bem entender. Tudo, afinal, pode ser feito ou dito quando nada tem consequência", avalia o jornalista Josias de Souza

(Foto: Reprodução)
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247 - O jornalista Josias de Souza destaca em sua coluna no UOL que Jair Bolsonaro “emite sucessivos sinais de que não quer saber o que está acontecendo” e que neste sábado (9) “o país ganhou mais de dez mil razões para tratar Bolsonaro não como uma paródia marcada pelo exagero cômico, mas como uma séria ameaça”. 

‘No curto intervalo de 55 dias, a pandemia do coronavírus matou mais de dez mil pessoas no Brasil. Neste sábado, dia em que a marca foi ultrapassada, Bolsonaro fez piada com um "churrasco fake" e passeou de jet ski pelo Lago Paranoá. Parou ao lado de uma lancha. Em conversa com simpatizantes, disse: "É uma neurose -70% vai pegar (sic) o vírus. Não tem como. Loucura!"’, observa o jornalista. 

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“Para o presidente, pandemia é apenas um outro nome para "histeria". O isolamento social, por "inútil", só serve para arruinar a economia”, diz Josias de Souza. “O capitão dá de ombros para uma singela evidência médica: quanto menor for a adesão ao isolamento, maior será o número de cadáveres”, completa.

“Num cenário assim, fica mais difícil tratar a inconsciência conscientemente ostentada por Bolsonaro como coisa de um nietzschiano convicto afrontando os sentimentos do país em nome da preservação dos sinais vitais da economia. Melhor tratar o fenômeno como vilania assumida de alguém que está preocupado em salvar apenas o seu projeto de reeleição”, observa.

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“No vácuo moral a que chegou o país, Bolsonaro parece imaginar que pode fazer ou dizer o que bem entender. Tudo, afinal, pode ser feito ou dito quando nada tem consequência”, avalia. “Contra esse pano de fundo fúnebre, o silêncio que cerca Bolsonaro soa como cumplicidade. O que há no Planalto não é um presidente, mas uma ameaça”, finaliza.

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