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Celso Amorim chama de "genocídio" os ataques de Israel a Gaza e pede conferência internacional pela paz

"Essa não é só uma guerra entre Hamas e Israel. Isso é parte de um conflito maior, que tem como raiz a falta de um território seguro para os palestinos", afirmou

Celso Amorim (Foto: Fábio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil | Reuters/Mohammed Al-Masri)
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Reuters - O assessor especial da Presidência, Celso Amorim, classificou de "genocídio" os ataques de Israel à população civil na Faixa de Gaza e pediu a realização de uma conferência internacional para discutir uma solução para a região.

O discurso duro foi feito durante um encontro convocado pelo governo francês para discutir a situação humanitária na região, em que Amorim representou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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"Eu reitero a condenação do Brasil dos ataques terroristas contra os israelenses e a tomada de reféns. No entanto, atos bárbaros como esses não justificam o uso indiscriminado da força contra civis", disse Amorim. "A morte de milhares de crianças é chocante. A palavra genocídio inevitavelmente vem à mente."

De acordo com dados do governo de Gaza, controlado pelo Hamas, o número de mortos no enclave, que tem uma população de cerca de 2 milhões de pessoas, já passa de 10 mil. Cerca de 40% seriam crianças.

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Amorim começou seu discurso lembrando uma fala de Lula, em que o presidente afirmou que "os inocentes são os que pagam o preço pela loucura da guerra", em especial mulheres e crianças, e voltou a cobrar a permissão de saída de brasileiros de Gaza.

"Enquanto eu discurso, estamos ainda ansiosos sobre a saída de brasileiros de Gaza", afirmou.

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"Um cessar-fogo humanitário é essencial. Passagens seguras e desimpedidas para a entrada de ajuda humanitária em benefício de hospitais, escolas e creches precisam ser respeitadas. A passagem de feridos deve ser garantida. É altamente perturbador que quase 100 funcionários das Nações Unidas tenham perdido suas vidas em Gaza", seguiu.

Cerca de 30 brasileiros e suas famílias estão há três semanas próximos da fronteira com o Egito aguardando permissão de saída. Desde a semana passada, Israel divulgou a autorização para que 2.240 pessoas deixassem a Faixa de Gaza. A expectativa do governo era de que os brasileiros pudessem sair na quarta-feira, mas a lista divulgada, de 601, não inclui nenhum deles.

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Amorim ainda pediu por uma conferência nos moldes do encontro de Anápolis, em 2007, em que 50 países se reuniram para iniciar um processo de paz na região. O embaixador avaliou que a crise atual é o mais perigoso desafio para a paz mundial e tem alto risco de se transformar em um conflito global, e classificou de "indispensável" uma conferência com um grande número de países para discutir uma solução para a região.

"Essa não é só uma guerra entre Hamas e Israel. Isso é parte de um conflito maior, de 75 anos, que tem como raiz a falta de um território seguro para os palestinos", disse Amorim. "O reconhecimento de um Estado Palestino viável, convivendo lado a lado com fronteiras mutualmente acordadas com Israel, é a única solução possível."

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