EUA oferecem apoio para Taiwan participar da Assembleia da OMS

Reuters - Pode ser difícil para Taiwan participar da assembleia anual da Organização Mundial da Saúde este ano, e espera que mais países apoiem sua presença, disse o encarregado de Relações Exteriores da ilha nesta quinta-feira (2), depois que os Estados Unidos pressionaram por um convite.

Taiwan é excluída da maioria das organizações internacionais devido a objeções da China, que considera a ilha governada democraticamente seu próprio território.

Taiwan participou da Assembleia Mundial da Saúde (AMS) como observador de 2009 a 2016 sob a administração do então presidente Ma Ying-jeou, que assinou acordos comerciais e turísticos históricos com a China. Mas Pequim começou a bloquear a participação de Taiwan em 2017, após a presidente Tsai Ing-wen assumir o cargo.

Falando a repórteres no parlamento, o ministro das Relações Exteriores de Taiwan, Joseph Wu, observou uma declaração de quarta-feira do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, na qual ele disse que os Estados Unidos "incentivam fortemente" a OMS a reintegrar o convite de Taiwan.

"Quando se trata de participar da AMS deste ano, pode haver algumas dificuldades, mas estamos continuando a trabalhar duro, como antes, para conseguir mais países para nos apoiar", disse Wu, sem elaborar sobre esses problemas.

A AMS deste ano começa em 27 de maio, apenas uma semana após a posse do presidente eleito de Taiwan, Lai Ching-te. A China o considera um separatista perigoso e rejeitou seus repetidos pedidos de conversas.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken disse que os Estados Unidos elogiaram a OMS por tomar medidas para envolver Taiwan de forma mais significativa em seu trabalho técnico ao longo do último ano e por melhorar as linhas de comunicação.

"No entanto, a exclusão contínua de Taiwan deste fórum de saúde global proeminente mina a cooperação e segurança globais de saúde pública inclusivas", acrescentou ele. "Convidar Taiwan para observar a AMS é um passo criticamente importante para afirmar o objetivo da OMS de 'Saúde para Todos'."

O Ministério das Relações Exteriores da China e a OMS não responderam imediatamente a um pedido de comentário.