Itália se retira da Iniciativa Cinturão e Rota da China
O afastamento teria ocorrido após semanas de consultas diplomáticas, nas quais Roma tentou alterar os termos do acordo
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(Sputnik) - A Itália retirou-se formalmente da Iniciativa Cinturão e Rota da China após semanas de deliberações, ao mesmo tempo em que expressou seu desejo de manter a parceria estratégica com Pequim, relataram os meios de comunicação italianos na quarta-feira.
A primeira-ministra italiana Giorgia Meloni passou uma nota verbal às autoridades chinesas há três dias, sem um anúncio oficial, encerrando assim a participação de quatro anos do país no projeto multibilionário, relatou o jornal italiano Corriere della Sera.
O afastamento teria ocorrido após semanas de consultas diplomáticas, nas quais Roma tentou alterar os termos do acordo, que foi assinado pelo ex-primeiro-ministro italiano Giuseppe Conte em 2019, mas todas as suas propostas foram rejeitadas por Pequim.
Como o único país do G7 que aderiu ao projeto, a Itália obteve poucos benefícios econômicos e muitos efeitos políticos indesejáveis, incluindo a insatisfação dos Estados Unidos, e sua retirada poderia afetar a vontade de outros países permanecerem no projeto, disse o jornal. No entanto, a Itália ainda está interessada em manter relações amistosas com a China, daí a falta de declarações públicas de ambos os lados, segundo o relatório.
Meloni prometeu retirar-se da iniciativa mesmo antes de ser eleita primeira-ministra, descrevendo a decisão do governo anterior como um "grande erro".
A Iniciativa Cinturão e Rota é um projeto global de desenvolvimento de infraestrutura concebido pela China em 2013. Inspirado na antiga Rota da Seda, visa conectar a China à Ásia Central, Rússia e Europa por terra, e ao Sudeste Asiático, Oriente Médio e África até a América Latina e o Caribe por mar. Atualmente, inclui mais de 150 nações, com uma dúzia mais considerando aderir à iniciativa.
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