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Kerry vê "fracasso total" na Venezuela

“O poder está nas mãos do governo, e este tem que exercitar o poder de maneira responsável para fazer as escolhas que criem estabilidade e um caminho adiante na Venezuela", disse o secretário de Estado dos Unidos, John Kerry, em uma coletiva de imprensa; governo de Nicolas Maduro pretende denunciar os EUA à OEA por ingerência externa

“O poder está nas mãos do governo, e este tem que exercitar o poder de maneira responsável para fazer as escolhas que criem estabilidade e um caminho adiante na Venezuela", disse o secretário de Estado dos Unidos, John Kerry, em uma coletiva de imprensa; governo de Nicolas Maduro pretende denunciar os EUA à OEA por ingerência externa (Foto: Leonardo Attuch)
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Por Patricia Zengerle

CIDADE DO MÉXICO (Reuters) - A impaciência com o governo da Venezuela está crescendo por conta de seu "fracasso total" em mostrar boa fé nas conversas para resolver a crise política do país, afirmou nesta quarta-feira o secretário norte-americano de Estado, John Kerry.

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Falando à mídia durante uma visita à Cidade do México, Kerry disse esperar que não sejam necessárias sanções contra a Venezuela, mas que “todas as opções estão sobre a mesa”.

“O poder está nas mãos do governo, e este tem que exercitar o poder de maneira responsável para fazer as escolhas que criem estabilidade e um caminho adiante na Venezuela", declarou Kerry em uma coletiva de imprensa.

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Desde o início das manifestações antigoverno, em fevereiro, pelo menos 42 pessoas morreram e mais de 800 ficaram feridas. Cerca de 3 mil pessoas foram detidas, e mais de 200 ainda estão na prisão.

O tumulto na Venezuela é o pior em uma década e atraiu atenção para os profundos problemas econômicos do país-membro da Organização de Países Exportadores de Petróleo, incluindo a inflação em disparada e a escassez de produtos básicos.

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O presidente Nicolás Maduro, sucessor de Hugo Chávez, grande antagonista dos EUA, revoltou-se com as menções a sanções de Washington, que ele denomina “os imperialistas elitistas do norte”.

Mas as conversas entre o governo de Maduro e a oposição para resolver a crise chegaram a um impasse.

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Mediadores da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) fizeram um apelo aos dois lados a voltar à mesa de negociação na terça-feira.

Kerry disse que “os vizinhos” da Venezuela, entre eles os Estados Unidos, temem que a situação cause uma instabilidade regional, mas ressaltou que Washington não está realizando quaisquer ações no país e que, na verdade, procurou outros interlocutores, como o Vaticano, para mediar a crise.

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Ao lado de Kerry, o ministro mexicano das Relações Exteriores, José Antonio Meade, afirmou apoiar as conversas na Venezuela, mas que elas devem incluir condições, como o respeito pelos direitos humanos.

Na terça-feira, um comitê do Senado norte-americano aprovou um projeto de lei que imporia sanções financeiras e de viagens a indivíduos venezuelanos considerados culpados de abusos de direitos humanos.

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Entretanto, uma autoridade do Departamento de Estado dos Estados Unidos disse que o governo dos EUA não “apoia a adoção destas ações neste momento”, já que elas poderiam minar as negociações.

“Certamente entendemos a frustração que levou a essa legislação. E achamos que a ênfase nos violadores de direitos humanos é a correta”, declarou o funcionário, que pediu anonimato.

Kerry disse que torce para que as sanções não sejam necessárias.

“Nossa esperança é que ... o presidente Maduro e outros tomarão as decisões que tornarão sua implementação desnecessária. Mas todas as opções estão sobre a mesa neste instante, na esperança de que possamos levar o processo adiante”, declarou.

(Reportagem adicional de Dave Graham)

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