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Kremlin: expansão da Otan à Ucrânia, Geórgia e Moldávia é questão de vida ou morte para a Rússia

O porta-voz do governo russo diz que diálogo com EUA será complicado devido aos planos de expansão da Otan para o leste

Dmitry Peskov (Foto: EVGENIA NOVOZHENINA/REUTERS)
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Sputnik - Neste domingo (26), Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, definiu a expansão da Otan à Ucrânia, Geórgia e Moldávia uma questão de vida ou morte para a Rússia. 

"E nesse contexto, claro, a propagação da Otan para países como a Ucrânia, e certamente para outros países que foram territórios da União Soviética", afirmou Peskov durante entrevista ao canal Rossiya 1. 

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"Claro que essa é uma questão, de fato, de vida ou morte para nós", declarou Peskov. 

Peskov também afirmou que os diplomatas da Rússia terão um diálogo complicado sobre garantias de segurança com os EUA, mas é sempre melhor uma conversa entre diplomatas que entre militares.

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"Para nossos diplomatas, que são realmente diplomatas antigos, da escola clássica, são diplomatas muito talentosos, será um diálogo complicado. Mas é sempre melhor quando falam os diplomatas, que quando falam os militares", afirmou.

 

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De acordo com Peskov, a linguagem diplomática dos oponentes se degradou muito, às vezes chegando mesmo à grosseria, uma linguagem de cowboy. 

Logo ficará claro, nas conversações sobre garantias de segurança, se os EUA estão ou não prontos para darem uma resposta substantiva, ou se preferirão dificultar o processo, afirmou Peskov. 

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Além disso, Peskov afirmou esperar que o lançamento do Tsirkon se torne uma circunstância mais convincente para o Ocidente. 

De acordo com Peskov, a iniciativa sobre o sistema de garantias de segurança partiu do presidente Vladimir Putin. 

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"Essa foi uma iniciativa do presidente. Uma iniciativa do presidente, que tem a possibilidade de analisar a situação de maneira abrangente", declarou. 

A segurança de uns países não pode ser assegurada em prejuízo de outros e virar um perigo para países terceiros. 

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Ainda com relação às garantias de segurança, Peskov ressaltou que é preciso tomar rapidamente uma decisão que corresponda aos interesses da Rússia. 

Uma demora no processo sobre o sistema de garantias de segurança absolutamente não satisfará a Rússia. 

Peskov fez questão de ressaltar que Putin na questão da segurança da Rússia calcula os movimentos como um verdadeiro jogador de xadrez. 

"Naturalmente, o presidente Putin calcula não uma jogada à frente, não duas jogadas, mas calcula como um verdadeiro jogador de xadrez, mas em assuntos como esse é preciso, talvez, ter habilidades superiores mesmo às de um grande mestre. Por isso, eu não tenho quaisquer dúvidas que o presidente Putin calcula tudo", afirmou Peskov. 

Acusam a Rússia de estar preparando uma agressão contra a Ucrânia, mas ninguém acusa Kiev de estar preparando uma agressão contra seu próprio povo. 

A posição dos oponentes ocidentais sobre a Ucrânia é, no mínimo, desequilibrada, eles não podem reivindicar objetividade neste processo, afirmou Peskov. 

Emocionalmente há vontade de reagir a todas as desinformações difundidas, mas à mesa dos diplomatas, fora da opinião pública, começa uma conversa mais ponderada. 

Peskov também afirmou que manteria um otimismo contido e colocaria suas esperanças nas consultas que são esperadas com relação às negociações sobre as garantias de segurança. 

Putin e Biden tiveram um diálogo muito bom. Um diálogo absolutamente construtivo, de trabalho e expondo suas posições com muito respeito, declarou Peskov. 

Além disso, Peskov afirmou que o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, poderia comparecer à cúpula da Comunidade dos Estados Independentes em São Petersburgo, mas não comparecerá. 

Recentemente, Moscou também afirmou que as recentes declarações visam encobrir a militarização pela Ucrânia e a OtanTAN dos territórios junto das fronteiras da Rússia. O governo da Rússia também sublinhou que Kiev está violando os acordos de Minsk de 2015 e deliberadamente aumentando as tensões nas autoproclamadas repúblicas de Donbass. 

Em 17 de dezembro o Ministério das Relações Exteriores russo apresentou dois projetos de acordos abrangentes sobre garantias de segurança entre a Rússia, os EUA e a Otan, nos quais as partes se comprometem em garantir a segurança mútua, não colocar mísseis de curto e médio alcance em zonas a partir das quais eles possam atingir os territórios um do outro, e a Aliança Atlântica não poderá continuar se expandindo para leste, incluindo à custa de ex-repúblicas soviéticas, entre as quais está a Ucrânia.

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