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Lula afirma na ONU que a desigualdade é responsável por grandes problemas da humanidade

Em Nova York, Estados Unidos, o presidente brasileiro ressaltou que os 10% maiores bilionários possuem mais riqueza que os 40% mais pobres da humanidade

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)
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247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) proferiu um discurso marcante na 78ª Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta terça-feira (19). Em um retorno após 20 anos de sua primeira participação na ONU, o presidente brasileiro abordou temas cruciais, incluindo mudanças climáticas, combate à desigualdade social, fome e a defesa da democracia.

No início de seu discurso, o presidente Lula expressou sua confiança inabalável na capacidade da humanidade de superar desafios e evoluir para uma convivência mais harmoniosa. No entanto, ele também destacou que muitos dos problemas enfrentados pelo mundo há duas décadas ainda persistem. "A fome, tema central da minha fala neste Parlamento Mundial 20 anos atrás, atinge hoje 735 milhões de seres humanos, que vão dormir esta noite sem saber se terão o que comer amanhã”, lembrou.

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O presidente Lula não poupou críticas à crescente desigualdade global, destacando que os 10% mais ricos do mundo detêm mais riqueza do que os 40% mais pobres. "É preciso, antes de tudo, vencer a resignação, que nos faz aceitar tamanha injustiça como fenômeno natural. Para vencer a desigualdade, falta vontade política daqueles que governam o mundo', afirmou.

Lula reiterou o compromisso do Brasil com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU e destacou as medidas recentes adotadas por seu governo para combater a desigualdade. Entre essas ações, mencionou o "Brasil sem Fome", um plano abrangente que inclui iniciativas para reduzir a pobreza e a insegurança alimentar, incluindo o programa Bolsa Família, que se tornou uma referência mundial em transferência de renda para famílias carentes que mantêm suas crianças vacinadas e na escola.

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Além disso, o presidente Lula anunciou a aprovação de uma lei que torna obrigatória a igualdade salarial entre homens e mulheres no mesmo cargo e reforçou o compromisso de seu governo com o combate ao feminicídio e todas as formas de violência contra as mulheres. Ele também prometeu proteger os direitos da comunidade LGBTQI+ e das pessoas com deficiência. “Resgatamos a participação social como ferramenta estratégica para a execução de políticas públicas”, disse Lula.

Mudando o foco para as mudanças climáticas, o presidente Lula lembrou que, em seu primeiro discurso na ONU em 2003, o mundo ainda não havia reconhecido plenamente a gravidade da crise climática. Hoje, no entanto, ele observou que as consequências estão se tornando cada vez mais devastadoras, afetando as vidas dos mais pobres de forma desproporcional.

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Lula enfatizou que os países mais ricos historicamente contribuíram significativamente para as emissões de gases de efeito estufa e destacou a necessidade de responsabilidade diferenciada na correção dessa situação. Ele orgulhosamente mencionou que o Brasil está na vanguarda da transição energética, com 87% de sua matriz elétrica proveniente de fontes limpas e renováveis. Além disso, ele mencionou a redução significativa do desmatamento na Amazônia brasileira nos últimos oito meses. "Retomamos uma robusta e renovada agenda amazônica, com ações de fiscalização e combate a crimes ambientais. Ao longo dos últimos oito meses, o desmatamento na Amazônia brasileira já foi reduzido em 48%".

O presidente brasileiro também pediu a mobilização de recursos financeiros e tecnológicos para cumprir os compromissos estabelecidos no Acordo de Paris e no Marco Global da Biodiversidade. “A promessa de destinar 100 bilhões de dólares – anualmente – para os países em desenvolvimento permanece apenas isso, uma promessa. Hoje, esse valor seria insuficiente para uma demanda que já chega à casa dos trilhões de dólares”..

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Lula abordou outros temas, incluindo a preservação da liberdade de imprensa e a condenação de guerras, conflitos armados e rupturas institucionais em países africanos. Ele também destacou que seu retorno à presidência do Brasil foi possível graças à vitória da democracia. “A democracia garantiu que superássemos o ódio, a desinformação e a opressão. A esperança, mais uma vez, venceu o medo”.

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