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Mundo

Negociações entre o Hamas e Israel estão em curso entre o medo e a esperança

Ainda não há acordo que conduza ao cessar-fogo, que se transformou num clamor mundial

(Foto: Reuters)
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Prensa Latina - As conversações para chegar a um cessar-fogo em Gaza entraram neste domingo (5) numa fase crítica com diferentes relatórios sobre o progresso do diálogo, enquanto o governo de Israel ameaça atacar a cidade de Rafah.

Embora a mídia árabe tenha mostrado renovado otimismo nesta nova fase de contatos, que começou no sábado após a chegada ao Cairo de uma delegação do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), há muito mais pessimismo por parte de Israel. 

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As conversas entre os representantes do Hamas e os mediadores egípcios geraram todo o tipo de especulações e informações desencontradas em meio à grave crise humanitária que Gaza atravessa.

A principal discrepância para chegar a um compromisso que permita a troca de prisioneiros gira em torno do futuro do conflito, que já causou a morte de mais de 34 mil palestinos, a maioria mulheres e crianças, além de 77 mil feridos.

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O Hamas pede o fim da agressão israelense, mas Israel recusa-se terminantemente a comprometer-se com o fim da guerra, alimentando o objetivo de liquidar o Hamas, que muitos observadores regionais consideram impossível de alcançar. 

Nas últimas horas, estações de televisão israelenses afirmaram que o Hamas retirou a exigência de avançar para uma paz sustentada na primeira fase da trégua, mas depois uma fonte reiterou a posição oficial do grupo ao canal Al Jazeera.

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“Não haverá acordo sem um cessar-fogo permanente”, disse um dos líderes daquela formação, que não foi identificado.

Da mesma forma, o Hamas acusou o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de dificultar um possível pacto “com a sua insistência em continuar a guerra” e de procurar um acordo de troca de prisioneiros sem ligá-lo ao primeiro ponto. 

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Precisamente no sábado, gabinete do primeiro-ministro publicou duas mensagens inusitadas em nome de “um político”, que a imprensa nacional considerou uma manobra de Netanyahu para dar a sua opinião pública.

Em ambas as declarações, “o político” negou os relatos árabes de progresso e afirmou que “sob nenhuma circunstância Israel aceitará o fim da guerra”, ao mesmo tempo que renova a ameaça de entrar em Rafah, onde há mais de um milhão de refugiados palestinianos. 

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Em resposta, Benny Gantz, membro do gabinete de guerra e opositor de Netanyahu, apelou a agir com calma e a evitar a histeria por razões políticas.

Aliás, o portal de notícias Ynet destacou que o governo daquele país está muito pessimista quanto à resposta que o Hamas dará.

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No entanto, a mídia afirmou que os mediadores estão a elaborar fórmulas suficientemente vagas para que ambas as partes fiquem satisfeitas e avancem no processo.

Israel também negou no sábado à noite uma reportagem do jornal Al Sharq Al Awast, segundo a qual concordou em libertar Marwan Barghouti, um dos principais líderes do movimento governamental Fatah e muito popular nas ruas palestinas.

Considerado um dos líderes da Segunda Intifada (rebelião, em árabe), Barghouti está preso há mais de duas décadas. 

Netanyahu está a tentar superar, por um lado, a crescente pressão internacional para parar os combates e, por outro, a dos seus incômodos aliados de extrema-direita no Conselho de Ministros, essenciais para permanecer no poder, que exigem que a agressão contra Gaza continue. 

Precisamente, na véspera, os ministros da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, e das Finanças, Bezalel Smotrich, ameaçaram separadamente retirar os seus partidos da coligação se a guerra fosse interrompida, o que obrigaria a convocar eleições antecipadas, que segundo pesquisas, não favoreceriam o chefe do governo. 

Em declarações a uma agência de imprensa internacional, uma fonte do Hamas também baixou as expectativas no sábado ao salientar que “não há novidades nas conversações” no Cairo, embora tenha deixado a porta para progressos na continuação neste domingo. 

Noutros pontos há mais consenso: a libertação, na primeira fase, de 33 detidos israelenses, num total de mais de 130 (nem todos vivos), em troca da libertação de quase mil palestins, incluindo muitos que cumprem penas de prisão perpétua. 

Há também acordo com a retirada israelense das áreas povoadas da Faixa e com o regresso de centenas de milhares de pessoas deslocadas ao norte do enclave. 

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