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OMS não convidou Bolsonaro para reunião de cúpula que discutiu o enfrentamento à pandemia

"O Itamaraty foi tradicionalmente um apoiador irrestrito ao multilateralismo. Com Bolsonaro, porém, o tom é de críticas, um afastamento e a utilização da organização como forma de justificar o número elevado de mortes”, destaca o jornalista Jamil Chade

Jair Bolsonaro durante entrevista coletiva em Brasília (Foto: REUTERS/Adriano Machado)
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247 - A Organização Mundial da Saúde (OMS) não convidou Jair Bolsonaro para discursar no encontro da cúpula da instituição, a Assembleia  Mundial da Saúde, ocorrido no final de maio, que discutiu a criação de um consenso para enfrentar a pandemia do novo coronavírus. 

Segundo reportagem do blog do jornalista Jamil Chade, “nos bastidores, pessoas próximas ao diretor-geral Tedros Ghebreyesus indicaram que o argumento oficial que utilizariam se fossem questionados era de que a vaga na América do Sul na Assembleia Mundial foi dada ao Paraguai, na condição de presidente do Mercosul no primeiro semestre do ano”.

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“Mas a ausência do Brasil vai além de uma questão de protocolar e, para experientes negociadores em Genebra, o uso do Mercosul foi interpretada como uma "saída diplomática" para não ter de contar com um discurso do brasileiro ou, pior, uma recusa de Bolsonaro, o que ampliaria o mal-estar”, completa.

“Naquele momento, a OMS ainda lamentava a saída de Luiz Henrique Mandetta do Ministério da Saúde. Ela era visto na direção da entidade como um "aliado" da agência dentro do governo brasileiro”, destaca Chade. “Presente em todos os grandes momentos da história recente da agência, o Itamaraty foi tradicionalmente um apoiador irrestrito ao multilateralismo. Com Bolsonaro, porém, o tom é de críticas, um afastamento e a utilização da organização como forma de justificar o número elevado de mortes”, avalia.

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