CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Mundo

'Padrinho da IA' sai do Google e alerta que máquinas pensantes representam perigo para a humanidade

Geoffrey Hinton passou a maior parte de sua vida defendendo e desenvolvendo redes neurais, mas agora passou a temê-las

(Foto: MARK BLINCH / REUTERS)
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

Sputnik - Geoffrey Hinton passou a maior parte de sua vida defendendo e desenvolvendo redes neurais, mas agora passou a temê-las.

 Geoffrey Hinton, apelidado de "Padrinho da IA", deixou seu cargo no Google e expressou temores sobre o progresso futuro no campo das redes neurais, observando que era "bastante assustador", dizem relatos da mídia.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

 Hinton lamenta o trabalho de sua vida e diz que em breve as redes neurais vão se tornar mais inteligentes do que as pessoas. O problema é que as empresas permitem que os robôs não apenas gerem código de computador, mas também executem esse código por conta própria. Ele teme que em breve a inteligência artificial (IA) se torne completamente autossustentável e autônoma em relação aos humanos. Na verdade, as redes neurais formam uma espécie de mente coletiva – elas "compartilham seu conhecimento instantaneamente" – o que conhece um robô também é conhecido pelos demais. É por isso que não há como o cérebro humano ser capaz de competir com um artificial.

 Outra questão é a intenção do usuário. Como ele diz, "é difícil ver como você pode impedir que os maus atores a usem para coisas ruins", obviamente se referindo a políticos que podem usar IA para ganho pessoal.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

 O especialista compartilhou suas ansiedades sobre trabalhar em uma tecnologia potencialmente perigosa e se acalmou parafraseando Robert Oppenheimer ao dizer que "quando você vê algo que é tecnicamente bom, vá em frente e faça".

 No entanto, essa técnica de autoajuda claramente não está mais funcionando agora, pois ele planeja fazer uma campanha ativa para conter a IA porque representa "riscos profundos para a sociedade e a humanidade".

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

No NYT de hoje, Cade Metz insinua que deixei o Google para poder criticar o Google. Na verdade, saí para poder falar sobre os perigos da IA sem considerar como isso afeta o Google. O Google agiu com muita responsabilidade

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

  Hinton começou como especialista em psicologia cognitiva, mas logo mudou para ciências da computação, porém, nunca esquecendo o que aprendeu em sua Alma Mater. É possível alegar que essas combinações únicas de habilidades permitiram que ele tivesse a ideia da agora conhecida rede neural em 1972. Uma rede neural é um modelo matemático de autoaprendizagem que se desenvolve analisando novas informações. Muitos cientistas ficaram bastante céticos sobre suas ideias no início, mas a história provou que eles estavam errados.

 Em 2012, Geoffrey Hinton, juntamente com seus alunos Ilya Sutskever e Alex Krishevsky, criaram uma rede neural, capaz de analisar e identificar imagens. Em outras palavras, poderia dizer a diferença entre uma flor e um cachorro, ou um cachorro e um humano. Esse projeto chamou a atenção dos executivos do Google, e a gigante da tecnologia comprou a start-up de Hinton por US$ 44 milhões (cerca de R$ 221,9 milhões), integrando-a ao projeto Google Brain (Cérebro do Google).

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

 As ideias de Hinton se tornaram a base para o desenvolvimento das atuais tecnologias de ponta de IA, como ChatGPT ou Google Bard. Em 2018, ele recebeu o Prêmio Turing por seu trabalho pioneiro em redes neurais.

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Cortes 247

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO