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Violência em Senegal: União Africana apela por ordem após confrontos políticos mortais

Protestos em Senegal resultam em mortes e preocupam a comunidade internacional, enquanto a União Africana pede respeito à ordem

(Foto: REUTERS/Zohra Bensemra)
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247 — A União Africana fez um apelo nesta sexta-feira (2) à população de Senegal, pedindo respeito à ordem, após os protestos políticos mais violentos em anos no país deixarem um saldo de pelo menos nove mortos. Os confrontos ocorreram entre as forças de segurança e os apoiadores de Ousmane Sonko, líder da oposição, na quinta-feira (1º).

Com o objetivo de conter a violência, as autoridades mobilizaram as Forças Armadas para a capital, Dacar. Homens armados foram posicionados em vários pontos da cidade, com especial atenção a bancos, supermercados e postos de gasolina de propriedade francesa, que se tornaram alvos dos manifestantes pró-Sonko.

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No entanto, mesmo com a presença das forças de segurança, os confrontos persistiram na tarde de sexta-feira, quando a polícia lançou bombas de gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes que queimavam pneus em uma estrada.

O Ministério da Justiça anunciou que Ousmane Sonko, cuja condenação a dois anos de prisão coloca em dúvida sua possibilidade de concorrer à Presidência em 2024, pode ser preso a qualquer momento. Sonko é acusado de agressão sexual, mas nega as acusações e não compareceu à audiência. O partido ao qual ele pertence afirma que a decisão judicial faz parte de uma conspiração política, convocando os cidadãos a interromperem suas atividades e saírem às ruas.

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Os protestos violentos tiveram como epicentro a Universidade Cheikh Anta Diop, onde manifestantes incendiaram ônibus e prédios, lançando pedras contra a tropa de choque, que respondeu com gás lacrimogêneo. Durante a noite, várias plataformas de mídia social e aplicativos de mensagens foram restringidos no país.

Além da União Africana, a ONU também condenou os distúrbios, enquanto a França pediu moderação e diálogo para resolver a crise, expressando preocupação com a escalada da violência. A ONG Anistia Internacional instou o governo a investigar as mortes e a evitar o uso de força desproporcional.

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Ousmane Sonko foi inocentado da acusação de estupro, mas considerado culpado por um delito descrito no Código Penal como "comportamento imoral contra menores de 21 anos", relacionado a uma funcionária de uma casa de massagem. A mulher tinha 20 anos na época do incidente.

O advogado Bamba Ciss, um dos representantes de Sonko, afirma que o líder da oposição não poderá se candidatar nas próximas eleições, agendadas para fevereiro, alimentando a visão dos apoiadores de que a ação judicial tem motivações políticas.

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Os protestos violentos desencadeados pelo caso têm ocorrido esporadicamente no país desde 2021. No Senegal, manifestações populares são incomuns e geralmente ganham força durante períodos eleitorais. Embora o país seja geralmente visto como uma das democracias mais sólidas da África, há preocupações de que o presidente Macky Sall, em seu segundo mandato desde 2012, possa buscar uma manobra para concorrer pela terceira vez consecutiva.

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