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Zemmour, novo líder da extrema direita francesa, e Bolsonaro são primos-irmãos, avalia Milton Blay

Para o jornalista, os dois políticos “exploram os medos de suas sociedades”, se aproveitando de questões como o aumento da violência e o avanço de pautas das chamadas minorias para instigar esse sentimento. Assista na TV 247

Milton Blay, Eric Zemmour e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução | Fotos Públicas)
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247 - O jornalista Milton Blay avaliou o quadro eleitoral na França, onde ele reside desde 1978, em comentário na TV 247. Para Blay, a ascensão de Éric Zemmour, que desbancou Marine Le Pen como a principal voz da extrema direita francesa, é preocupante, pois o polemista possui diversas semelhanças com Jair Bolsonaro.

Pesquisas mostram que Zemmour, criticado por seu extremismo e preconceito contra o Islã, pode chegar ao segundo turno da eleição presidencial de abril de 2022. No entanto, ele ainda perderia para Emmanuel Macron, atual presidente francês. 

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Comparado com Bolsonaro, Zemmour também possui um exército de admiradores, chamados de ‘Géneration Zemmour’ ou ‘Géneration Z’, que expressam apoio ativamente a seu líder. “Em alguns aspectos, eles são realmente primos-irmãos. Por exemplo, com relação à ideologia de gênero há uma total convergência ideológica entre o Bolsonaro e o Zemmour. Há uma convergência também com relação ao fato de que tanto o Bolsonaro quanto o Zemmour têm o seu exército de admiradores. O “mito” de um lado, aí no Brasil, e a geração Z, como é chamado esse exército, que vem espalhando inclusive adesivos e cartazes com o rosto do seu líder pelas ruas de toda a França”, disse Blay. 

Além disso, os dois são “exploradores do medo”, que se aproveitam de questões como o aumento da violência e o avanço de pautas das chamadas minorias para instigar esse sentimento. “Eles são dois exploradores do medo. Os medos são diferentes. O medo aqui é o medo do Islã e de uma dominação muçulmana, enquanto o medo no Brasil é o medo da violência, das elites de perder a sua posição privilegiadíssima”, afirmou o jornalista. 

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Há duas diferenças principais entre Bolsonaro e Zemmour: o francês é muito mais “culto” que Bolsonaro e defende um Estado “hipercentralizador”. “O Zemmour é ideologicamente muito mais profundo do que o Bolsonaro. Os dois são populistas. Cada um vê as formas de sair da crise de maneira muito fácil”, comparou Blay. 

“Aqui, o Zemmour é totalmente antiliberal. Ele é partidário de um Estado hipercentralizador, hiperconservador, hipernacionalista e ele coloca acima de tudo o patriota”, completou. 

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