Briga na Câmara é disputa entre Lula e Temer
Apesar de afirmar que não irá se envolver na disputa pela presidência da Câmara, o governo do presidente em exercício Michel Temer vem exercendo pressão para conseguir deixar sob seu controle o comando da Casa; meta é barrar que qualquer parlamentar contrário a gestão do peemedebista venha a assumir o cargo, o que poderia prejudicar a aprovação de medidas consideradas essenciais para o governo, como as que visam estimular a recuperação econômica; governo avalia que é preciso alguém com "perfil confiável" no cargo, capaz de aprovar projetos impopulares e que propicie uma certa estabilidade política, já que também teria como responsabilidade analisar os pedidos de impeachment contra Michel Temer que já estão protocolados na Casa
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247 - Apesar de afirmar que não irá se envolver na disputa pela presidência da Câmara, o governo do presidente em exercício Michel Temer vem exercendo pressão para conseguir deixar sob seu controle o comando da Casa. A meta é barrar que qualquer parlamentar contrário a gestão do peemedebista venha a assumir o cargo, o que poderia prejudicar a aprovação de medidas consideradas essenciais para o governo, como as que visam estimular a recuperação econômica.
A eleição para a presidência da Câmara está prevista para ser realizada na próxima semana. Neste caso, o parlamentar eleito fará um mandato-tampão que será encerrado em fevereiro de 2017, quando será realizada uma nova eleição para o biênio 2017/2018.
O governo avalia que que preciso alguém com "perfil confiável" no cargo, capaz de aprovar projetos impopulares e que propicie uma certa estabilidade política. Esse "perfil" também teria como responsabilidade analisar os pedidos de impeachment contra Michel Temer que já estão protocolados na Câmara.
Temer também teme a repetição do "efeito Severino", durante o governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2005, quando a fragmentação da base resultou na eleição de Severino Cavalcanti (PP-PE) para o comando da Casa. Severino foi acusado de corrupção e acabou renunciando ao cargo e ao mandato.
Nesta linha, Temer tem se movimentado intensamente. Nos ultimos dias, ele recebeu pelo menos 15 parlamentares para tratar do assunto e conseguir chegar a um nome de consenso entre os partidos da sua base aliada. Para Temer, não importa quem irá presidir a Câmara, desde que esteja alinhado com o governo e seja capaz de assegurar 2/3 dos votos da Casa necessários à aprovação de projetos.
Apesar disso, o governo tem sem manifestado de forma favorável a emplacar o deputado federal Rogério Rosso (PSD-DF), que representa o centrão, no cargo. O deputado de Rodrigo Maia (DEM-RJ), também tem certa simpatia do Planalto, embora tenha recebido apoio de integrantes do PT.
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