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'Cai o apoio em geral e dos evangélicos a Bolsonaro', diz antropólogo

O antropólogo Ronaldo de Almeida, da Unicamp, destaca que Jair Bolsonaro vem perdendo apoio dos evangélicos e diz achar difícil ele ter em 2022 o mesmo desempenho em comparação com a última eleição no sentido de captar votos desse segmento

Antrópologo Ronaldo de Almeida (Foto: Reprodução (Youtube))
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247 - Estudioso, há três décadas, do evangelicalismo, o antropólogo Ronaldo de Almeida, da Unicamp, reforça que Jair Bolsonaro "vem perdendo em geral" a sua popularidade entre os mais variados segmentos. "Ele também perde no segmento evangélico. Mas acho que é onde ele perde menos. Minha impressão é que militares e evangélicos são os grupos que talvez ele perderia por último. São os pelotões de choque". A entrevista foi concedida ao jornal O Estado de S.Paulo.

"Em relação a 2018, o que vazou: o primeiro grande corte é a dissociação do bolsonarismo com a Lava Jato. Boa parte do segmento evangélico, principalmente a classe média, que votou em Bolsonaro, estava informada pelo antipetismo protagonizado por Moro e Dallagnol. No segmento mais popular, há algo relacionado ao pragmatismo da vida. Tem muita gente decepcionada com a questão da vacinação. Havia tolerância quanto a palavrões, havia justificativa bíblica de que Deus opera por outros, como Ciro (II, Rei da Pérsia), mas isso não se sustenta mais", analisa. 

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O estudioso também destaca que o comportamento de Bolsonaro e outras lideranças religiosas influenciam em questões como a vacinação contra a Covid-19. "Com certeza. É impressionante como diversas lideranças, como Silas Malafaia e Edir Macedo, saem falando as coisas que o presidente fala. Macedo colocou em suspeita a vacina, Malafaia defendeu a ivermectina. Eles são linhas auxiliares de Bolsonaro. Então, o efeito nos fiéis acontece sobretudo pela mediação das lideranças, que fazem um péssimo serviço".

Sobre o papel dos evangélicos em 2022, o pesquisador afirma que se trata de um "eleitorado fragmentado". "A diversidade deste grupo é cada vez mais explícita, mas de qualquer forma, ainda é um grupo pode ser ‘alinhado’. É um grupo para o qual você consegue mandar um recado mais geral. Ai está a potência. São 30%, mas se vierem, vêm em bando. É só acertar o discurso. Foram fundamentais em 2018 para Bolsonaro porque além do voto, eles contribuíram em conteúdos e foram caixas de ressonância dos conteúdos da campanha. Foi mais do que votar. Os caras botaram as garras para fora e não se isso vai ter o mesmo fôlego. Haverá, mas acho difícil repetir o tamanho do que foi em 2018".

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