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Decisão de Moraes sobre o 8 de janeiro esvazia o STM e ameaça a existência da Justiça Militar, avalia a caserna

Ministro transferiu do STM para o STF julgamentos de militares envolvidos nos atentados: ‘o STF não gosta da Justiça Militar, e não confia nela’

Alexandre de Moraes e terroristas bolsonaristas em Brasília - 08.01.2023 (Foto: Marcelo Camargo/ABr | Ruters)
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247 - A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes de transferir do Superior Tribunal Militar (STM) para a Suprema Corte os julgamentos de militares envolvidos nos atentados de 8 de janeiro desagradou a caserna.

"Está um clima de velório", relatou "um observador" à Malu Gaspar, do jornal O Globo.

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>>> Moraes abre inquérito para investigar envolvimento de militares no 8/1

Em sua decisão, Moraes afirmou que "a competência do Supremo Tribunal Federal não distingue servidores públicos civis ou militares, sejam das Forças Armadas, sejam dos Estados (policiais militares). A Justiça Militar não julga crimes de militares, mas sim crimes militares. Nenhuma das hipóteses definidoras da competência da Justiça Militar da União está presente nessa investigação”. 

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Membros da Justiça Militar discordam: "o Planalto é área sob jurisdição militar. Portanto, o militar do Batalhão da Guarda Presidencial que foi omisso na preservação do patrimônio público cometeu um crime militar. No mínimo, Moraes não confia na Justiça Militar. É uma afronta".

"Especialistas em direito militar avaliaram sob reserva que não há jurisprudência de crimes potencialmente cometidos por militares no 8 de janeiro no STM. Isso porque os crimes de golpe de Estado, terrorismo e abolição violenta do Estado de Direito não são previstos no Código Penal Militar", informa a reportagem.

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Para um ministro do STM, “Moraes suprimiu a competência da Polícia Judiciária Militar para investigar. Eles (o STF) não gostam da Justiça Militar, e não confiam nela”.

Outro interlocutor afirma que a decisão de Moraes reforça a discussão sobre a própria existência da Justiça Militar. A Justiça civil vê o braço militarizado do Direito como uma excrescência. Na avaliação de magistrados do STM, a decisão de Moraes esvazia o tribunal e indiretamente reforça a discussão sobre o fim da Justiça Militar.

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