Judeus pela Democracia: 'chanceler de Israel teve uma atitude inconsequente contra Lula'
A entidade repudiou os ataques do ministro israelense contra o chefe de Estado brasileiro
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247 - O perfil Judeus pela Democracia criticou o chanceler de Israel, Israel Katz, por ter atacado o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após o chefe de Estado brasileiro condenar o genocídio cometido por forças israelenses contra palestinos na Faixa de Gaza.
A entidade repudiou um post do chanceler. "Uma postagem inconsequente que não tem apreço pela segurança dos judeus brasileiros. Briguinha em Twitter não é papel de um ministro".
O chanceler israelense fez a postagem após o presidente Lula comparar o genocídio contra palestinos com o Holocausto (1941-1945), período em que cerca de seis milhões de judeus foram mortos na Alemanha nazista, comandada pelo então ditador Adolf Hitler (1889-1945).
O presidente Lula negou ter usado a palavra holocausto, mas reafirmou que o governo do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, está praticando um genocídio em Gaza, onde mais de 30 mil palestinos morreram desde o dia 7 de outubro, quando começaram os bombardeios israelenses.
No mês passado, em agenda na Etiópia, o chefe de Estado brasileiro disse na Eitópia que "não existe em nenhum outro momento histórico" o genocídio na Faixa e Gaza. "Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus", afirmou.
No sábado (17), o presidente afirmou que a solução definitiva para a guerra na Faixa de Gaza vai ocorrer "se avançarmos rapidamente na criação de um Estado palestino". "Ser humanista hoje implica condenar os ataques perpetrados pelo Hamas contra civis israelenses, e demandar a liberação imediata de todos os reféns. Ser humanista impõe igualmente o rechaço à resposta desproporcional de Israel, que vitimou quase 30 mil palestinos em Gaza – em sua ampla maioria mulheres e crianças – e provocou o deslocamento forçado de mais de 80% da população".
Autoridades da África do Sul já apresentaram na Corte Internacional de Justiça uma denúncia contra Israel pelo crime de genocídio.
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