Waguinho defende permanência de esposa à frente de ministério e lembra que ele e Daniela pagaram 'alto preço' por apoiar Lula

247 - O prefeito de Belford Roxo, Waguinho (Republicanos), afirmou em entrevista à GloboNews, nesta segunda-feira (12), que tanto ele quanto sua esposa, Daniela Carneiro, pagaram um “alto preço” por apoiar a campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no estado do Rio de Janeiro durante a corrida presidencial do ano passado. 

Atualmente, Daniela ocupa o cargo de ministra do Turismo, mas existe uma forte pressão para que ela deixe o cargo desde que ela pediu a desfiliação do União Brasil. Waguinho e Daniela Carneiro deverão se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entre esta segunda-feira (12) e terça-feira (13). 

“A ministra Daniela é de um estado importante, o Rio de Janeiro, território totalmente bolsonarista, onde nós levamos a campanha do presidente Lula em toda a Baixada Fluminense, no interior, no noroeste. Encorajamos muitas pessoas e pagamos um preço muito caro por isso”, disse Waguinho. de acordo com o G1. Ele também disse que a casa em que mora com a família foi alvo de ataques e que os filhos tiveram que trocar de escola devido a ameaças. 

Na entrevista, Waguinho defendeu a permanência de Daniela à frente da pasta e que Lula cometeria um erro qualquer possível mudança na chefia do Ministério do Turismo. “Tirar uma mulher, a [deputada federal] mais votada do estado do Rio de Janeiro, evangélica, que consegue agregar muito, e colocar no lugar dela um homem bolsonarista é não valorizar o empoderamento das mulheres”, disse Waguinho. 

O nome cotado para substituir Daniela no comando da pasta é o do deputado federal Celso Sabino (União Brasil - PA). O parlamentar é próximo do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e a avaliação entre integrantes da base governista é que sua indicação para comandar o ministério ajudaria a reduzir a insatisfação de líderes de partidos aliados. Recentemente,o próprio Arthur Lira defendeu a troca de ministros como uma forma de assegurar a vitória em votações de interesse do Planalto.