Chefe do GSI é convocado para explicar atos antidemocráticos

247 - A Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados convocou o general Marcos Antônio Amaro, novo ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), para prestar esclarecimentos sobre os atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Ele substituiu Gonçalves Dias, que foi exonerado após o vazamento de gravações do Palácio do Planalto mostrando sua interação com invasores. 

O líder do governo na comissão, Pastor Henrique Vieira, concordou com a convocação de Amaro, mas afirmou que as gravações não incriminam o ex-ministro do GSI da forma como a oposição argumenta.

O objetivo da convocação é investigar os atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro e esclarecer a participação do novo ministro do GSI. A Comissão de Segurança Pública busca entender o papel das autoridades em relação ao evento, que contou com a participação de apoiadores de Jair Bolsonaro e de grupos extremistas. 

Reportagem do Congresso em Foco destaca que a ausência de Gonçalves Dias no colegiado e o vazamento das gravações aumentaram a pressão para que as autoridades prestem esclarecimentos.

A oposição argumenta que as gravações mostram a participação do ex-ministro do GSI nos atos antidemocráticos, enquanto o líder do governo afirma que não há elementos suficientes para incriminá-lo.

“Há tranquilidade e acordo em relação a isso. Apenas algumas observações rápidas (…) com relação a Gonçalves Dias: ele não facilitou a entrada dos manifestantes bolsonaristas de extrema-direita. Inclusive, de acordo com o próprio vídeo, quando ele chega, a ocupação e a depredação do prédio público em uma tentativa de golpe já estava iniciada”, afirmou o governista.