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Nordeste

Governador de Pernambuco reconhece que PM está sob influência de Bolsonaro: "não podemos admitir politização"

Paulo Câmara, governador de Pernambuco, detalhou as investigações que vêm sendo conduzidas para punir os oficiais responsáveis pela violência nas últimas manifestações em Recife, que ele considera inadmissível

Paulo Câmara e Jair Bolsonaro (Foto: Aluísio Moreira /SEI | REUTERS/Adriano Machado)
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247 - O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), reconheceu que as polícias militares do estado estão sob influência do governo Bolsonaro. 

Em entrevista ao Estadão, Câmara destacou que a interferência se reduz a casos isolados. Ele ainda avaliou que a repressão dos atos do 29M em Recife, onde policiais militares dispararam balas de borracha contra os manifestantes, levando dois homens a perder a visão de um olho, serviu de alerta: 

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"Evidente que a gente ouve muita coisa. O próprio comportamento do governo federal em alguns assuntos me preocupa, mas a gente também tem confiança no dever e na lealdade que as polícias militares – e no caso a de Pernambuco – têm com seu povo. É uma polícia que tem quase 200 anos, com serviços prestados importantes. Fatos como os que aconteceram no dia 29 de maio, evidentemente, nos preocupam, nos alertam, por isso essas investigações estão sendo feitas da forma mais transparente possível para não minimizar nem maximizar atuações que possam ter ocorrido de maneira incorreta", disse o governador.

Câmara detalhou as investigações que vêm sendo conduzidas para punir os oficiais responsáveis pela violência dos policiais, que ele considera inadmissível: "Os fatos que ocorreram no Recife no dia 29 de maio foram muito graves, fatos que estão sendo apurados. Já temos 16 policiais afastados. Houve a necessidade de substituição tanto do comandante da Polícia Militar quanto do secretário de Defesa Social. O enfoque que tem sido utilizado desde o início é que a gente não pode admitir o tipo de ato como o que foi feito, cenas como as que a gente viu não podem acontecer nunca mais em Pernambuco. Todo foco é ver o que realmente aconteceu e punir quem precisa ser punido e errou na abordagem e, principalmente, na reação ao que foi feito. Mesmo que haja algum tipo de justificativa para a ação da polícia, nada justifica a forma como ela atuou. É isso que a gente tem procurado com a investigação e com os processos. E não podemos ainda admitir qualquer tipo de politização das nossas polícias. Isso também é uma coisa que vem sendo verificada. São casos que podem ocorrer que não refletem o entendimento geral da tropa, mas existem, efetivamente, casos que a gente precisa dar o devido tratamento e impedir, pois sabemos muito bem: quando há algum tipo de politização, seja nas Forças Armadas ou nas polícias militares, isso é um fato grave com consequências ruins".

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O governador garantiu que, para as manifestações deste sábado (19), polícia e organizadores realizaram um acordo que respeita o direito ao protesto social. "Já estão definidos o roteiro, o que pode e o que não pode, os pontos de apoio, onde vai ter presença da polícia... Está tudo pactuado. Isso devia ter sido feito antes do dia 29, mas agora tem cinco secretarias estaduais envolvidas. Todos os organizadores dessas manifestações foram convidados. Temos um pré-acordo e a gente espera que seja respeitado, pois o que está sendo defendido é o direito de vir e de se manifestar das pessoas. E que se faça isso de maneira segura, respeitando as normas sanitárias", completou Câmara.

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