CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Nordeste

Na Páscoa, Dino lembra: Cristo foi condenado. Barrabás, solto

"É um lamentável sintoma de como a crise institucional que o país vive, alimentada por quem quer o poder a todo custo, está gerando violência entre os brasileiros", diz o governador do Maranhão, Flávio Dino, sobre a tentativa de golpe que vem sendo capitaneada pelo PSDB, desde a derrota nas eleições presidenciais de 2014; sobre o impeachment da presidente Dilma Rousseff, conduzido por Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ele também traçou um paralelo bíblico; 'foi o clamor de uma maioria momentânea que pressionou pela absolvição de Barrabás e condenação de Cristo à cruz"

"É um lamentável sintoma de como a crise institucional que o país vive, alimentada por quem quer o poder a todo custo, está gerando violência entre os brasileiros", diz o governador do Maranhão, Flávio Dino, sobre a tentativa de golpe que vem sendo capitaneada pelo PSDB, desde a derrota nas eleições presidenciais de 2014; sobre o impeachment da presidente Dilma Rousseff, conduzido por Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ele também traçou um paralelo bíblico; 'foi o clamor de uma maioria momentânea que pressionou pela absolvição de Barrabás e condenação de Cristo à cruz" (Foto: Leonardo Attuch)
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

A Páscoa, seus princípios e o Brasil

Por Flávio Dino

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Vimos, na Quinta-Feira Santa, o Papa Francisco lavando e beijando os pés de imigrantes islâmicos na Europa. Pessoas que fogem da guerra e que têm tido tanta dificuldade de serem aceitos em outros países. É mais uma bela mensagem desse grande líder político e espiritual que nos convoca a vivenciar em nosso dia a dia os princípios cristãos de compaixão, solidariedade e superação do pecado, expressos na Páscoa. 

A Páscoa é tempo de ressuscitar esses ideais de fraternidade, assim como a Quaresma que se encerra hoje, período que os cristãos guardam para fazer alguma penitência e reflexão sobre como vivenciar melhor os princípios da nossa fé.  Infelizmente, este ano no Brasil, vivemos dias de escassa reflexão e de muito exercício do ódio, que culminou no triste exemplo da mulher que agrediu fisicamente o arcebispo de São Paulo Dom Odilo Scherer, com gritos de cunho puramente político, repetidos na internet por um militante de ultradireita que se diz “filósofo”. 

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

É um lamentável sintoma de como a crise institucional que o país vive, alimentada por quem quer o poder a todo custo, está gerando violência entre os brasileiros. Precisamos de paz para trabalhar e gerar riqueza, vencendo a crise econômica. Precisamos de diálogo para, superando diferenças, encontrar soluções para problemas tão graves quanto a microcefalia que penaliza milhares de crianças em nosso país e a desigualdade social, um mal secular que aflige nossa Pátria. 

Por isso, venho insistindo que diferenças políticas devem ser resolvidas no período eleitoral, marcado pela Constituição para 2018. Forçar soluções por maioria contingencial, à margem dos limites institucionais que criamos para resolver as divergências, pode nos levar a um caminho sombrio. Novamente, a própria Páscoa nos deixou exemplos. Bem adequado lembrar o ensinamento bíblico: foi o clamor de uma maioria momentânea que pressionou pela absolvição de Barrabás e condenação de Cristo à cruz (Mateus, 27: 20). 

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Jesus foi torturado e morto no calvário lembrado em vários pontos do Maranhão na Sexta-feira Santa, como na belíssima Via Sacra do Bairro Anjo da Guarda. Em todos esses Autos de Paixão, os cristãos reverenciam a fé de Jesus em uma causa: a de amar-nos uns aos outros, como Ele nos amou (João, 13:34).

Cristo ressuscitou e nos deixou um exemplo único de abnegação na vida terrena para mostrar-nos o caminho do amor,  inclusive para com nossos inimigos (Lucas, 6:35). Amor que o filósofo francês Gabriel Marcel, que viveu os tempos sombrios da Segunda Guerra Mundial, traduziu assim: "Amar uma pessoa é dizer-lhe: tu não morrerás jamais, tu deves existir, tu não podes morrer".

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Devemos aceitar a existência do Outro, seus desejos e vontades, respeitando os limites do Estado Democrático de Direito criados justamente após a destruição provocada pelo nazismo, que nada mais foi que a imposição de  vontade de um subjugando e destruindo o outro. Que hoje oremos por um mundo melhor, por uma Nação mais justa e em paz. E, mais uma vez, peço orações e a ajuda de todos para essa gigantesca tarefa de melhorar a vida dos maranhenses. Boa Páscoa a todos!

* Flávio Dino é governador do Maranhão

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Cortes 247

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO